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Rússia lança novos ataques à Ucrânia

Ofensiva causou inúmeros incêndios e danos significativos em prédios residenciais e comerciais, além de instalações médicas

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia

Segundo o Serviço de Emergência da Ucrânia, a Rússia lançou um novo ataque massivo em várias regiões do seu território, que deixou pelo menos nove pessoas feridas.  A ofensiva causou inúmeros incêndios e danos significativos em prédios residenciais e comerciais além de instalações médicas.

A Força Aérea da Ucrânia especificou que foi um total de 62 drones durante a madrugada que atingiu às regiões de Odessa, Donetsk, Dnipropetrovsk e Kharkiv, sendo que destes, 40 drones foram interceptados e abatidos.

A última onda de ataques acontece poucas horas apos a maior ofensiva neste ano pelos russos a cidade de Sumy, no nordeste do país, onde 34 pessoas morreram e 119 ficaram feridas, sendo 11 delas, incluindo três crianças, estão em estado crítico, de acordo com as autoridades ucranianas. O ataque ocorreu na manhã de ontem (13), quando os habitantes se reuniam para celebrar o Domingo de Ramos. Mísseis balísticos que incluíram o uso de munições de fragmentação, um tipo de arma que liberta ou ejeta submunições menores,  atingiram o centro da cidade.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou veementemente os ataques. "Só uma verdadeira pressão sobre Moscou pode pôr termo a esta situação. São necessárias sanções tangíveis contra os setores que financiam a máquina assassina da Rússia. Os responsáveis pela guerra têm de ser travados e responsabilizados pelo que fizeram", afirmou.

A comunidade internacional em peso também condenou o ataque a Sumy. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen disse que a crueldade russa voltou a atacar, matando homens, mulheres e crianças em Sumy. “Um ataque bárbaro, tornado ainda mais vil quando as pessoas se reuniam pacificamente para celebrar o Domingo de Ramos. Uma flagrante violação do direito internacional pela Rússia que pede medidas urgentes e enérgicas para impor um cessar-fogo", indicou.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, manifestou estar chocado pelo ataque russo. "Putin deve agora concordar com um cessar-fogo total e imediato, sem condições", exigiu Starmer.

"Espero que o presidente Trump e a administração dos Estados Unidos vejam que o líder da Rússia está desfrutando da sua boa vontade e espero que sejam tomadas as decisões certas", disse o chanceler da Polônia, Radek Sikorski, se referindo às tentativas da Casa Branca para mediar um cessar-fogo na Ucrânia.

“O ataque demonstra que a Rússia mostra total desprezo pelo processo de paz, mas também que a Rússia não tem qualquer consideração pela vida humana", acusou Elina Valtonen, ministra das Relações Exteriores da Finlândia.

“Um ataque criminoso de mísseis da Rússia ao centro da cidade de Sumy, em pleno dia de celebração do Domingo de Ramos antes Páscoa. A Rússia continua a sua campanha de violência, demonstrando uma vez mais que a guerra persiste apenas por que a Rússia quer”, acusou. António Costa, presidente do Conselho Europeu.  A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas demonstrou indignação, classificando o ataque como um exemplo horrível de intensificação dos ataques por parte da Rússia, enquanto a Ucrânia aceitou um cessar-fogo incondicional.

O ataque a Sumy ocorreu pouco depois do enviado especial de Donald Trump, Steve Witkoff, ter visitado São Petersburgo para conversações com o presidente russo, Vladimir Putin.

O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou hoje que milhões de pessoas estão mortas por causa de três pessoas, detalhando que se trata do presidente da Rússia, o presidente da Ucrânia e Joe Bide, ex-presidente dos Estados Unidos. “Vamos colocar Putin em primeiro lugar, vamos dizer Biden, que não fazia ideia do que estava a fazer, em segundo, e depois Zelensky”, acrescentou.

“O presidente Zelensky e o desonesto Joe Biden fizeram um trabalho absolutamente terrível ao permitir que esta tragédia começasse. Havia tantas formas de prevenir que isso acontecesse”, escreveu em sua rede social.

A Guerra na Ucrânia começou em fevereiro de 2022, quando tropas russas invadiram o território, incluindo bombardeios a capital Kiev.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco