Nesta quarta-feira (30), um relatório oficial divulgado pelo Gabinete de Informação do Conselho de Estado chinês à agência de notícias Xinhua, defende que a Covid-19 pode ter tido origem nos Estados Unidos. A China também rejeitou as acusações reiteradas pela administração de Donald Trump de que o vírus teria escapado de um laboratório chinês em Wuhan.
O documento detalha a resposta chinesa à pandemia e acusa os EUA de politizarem a questão das origens do vírus, surgindo após o lançamento, a poucos dias, de um site oficial da Casa Branca que atribui a origem do coronavírus a uma fuga laboratorial na China.
Em resposta, Pequim também afirma ter compartilhado informações relevantes com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a comunidade internacional de modo oportuno, destacando que o relatório conjunto com a OMS, publicado em 2021, concluiu que a tese de incidente de laboratório é extremamente improvável.
O documento "Livro Branco sobre as Ações e Posições da China na Prevenção e Controle da COVID-19 e Rastreamento da Origem do Vírus", destacou a possibilidade de o vírus ter chegado a Wuhan desde o exterior através das cadeias de frio de produtos alimentares.
O relatório chinês apela ainda que os EUA deixem de fingir ser surdos e mudos e respondam às preocupações legítimas da comunidade internacional. “Evidências substanciais sugerem que a Covid-19 pode ter surgido nos Estados Unidos antes do cronograma oficialmente declarado, e antes do surto na China”, assegura o documento, acrescentando ainda que as autoridades de saúde norte-americanas relataram surtos de doenças respiratórias entre maio e outubro de 2019, que foram até atribuídos à "pneumonia causada por cigarros eletrônicos".
Um oficial da Comissão Nacional de Saúde da China, citado pela agência chinesa Xinhua, defendeu que os próximos passos na investigação sobre a origem do vírus devem se centrar nos EUA.
Leia a notícia no Diario de Pernambuco