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EUA voltam a atacar os Houthis no Iêmen

Agora o alvo dos ataques aéreos dos EUA foi Zabid, cidade patrimônio mundial da Unesco

Os bombardeios aéreos do sábado foram executados por ordem do presidente dos EUA, Donald Trump

Após os ataques a capital Sanaa, no Iêmen, os Estados Unidos voltaram a lançar ofensivas a posições do grupo iemenita Houthis. Agora o alvo dos ataques aéreos dos EUA foi Zabid, cidade patrimônio mundial da Unesco.

 

Depois dos bombardeios aéreos executados por ordem do presidente dos EUA, Donald Trump, no sábado à noite, que mataram pelo menos 53 pessoas e feriram mais de 100 no Iêmen, os rebeldes responderam com ataques a navios de guerra norte-americanos no Mar Vermelho, tendo assumido já nesta segunda-feira (17) a responsabilidade por essa nova operação.

 

"Foi alvejado com inúmeros mísseis balísticos e de cruzeiro, assim como drones, num combate que durou várias horas", segundo noticiou a mídia iemenita ligada aos Houthis. No domingo, os rebeldes já tinham reivindicado a responsabilidade num primeiro ataque contra um porta-aviões americano, o USS Harry S. Truman. No entanto, ambos os ataques ainda não foram confirmados pelos EUA.

 

Segundo o secretário norte-americano da defesa, Pete Hegseth, os ataques aéreos dos EUA contra os Houthis são a resposta aos ataques do grupo armado iemenita contra a navegação do Mar Vermelho, uma das rotas marítimas mais importantes do mundo, desde o início do conflito na Faixa de Gaza e marcam uma nova abordagem de Washington em relação ao Irã, que apoia o grupo, e ao Oriente Médio. O Comando Central do Exército dos EUA, responsável pela região, anunciou que os ataques contra os Houthis continuarão.

 

 

Trump também ameaçou o governo de Teerã.  “Ao Irã: o apoio aos terroristas Houthis tem de terminar imediatamente!", exigiu. E ainda prometeu o "inferno" ao grupo armado caso não cessem imediatamente os ataques a navios do Mar Vermelho. "Se não o fizerem, o inferno cairá sobre vocês como nunca viram antes!", escreveu na sua rede Truth Social.

 

 

ONU alerta para o perigo da escalada de tensões

 

A Organização das Nações Unidas apelou pelo fim dos ataques e alertaram para o risco de exarcebar as tensões regionais entre Washington e o grupo armado apoiado pelo regime de Teerã, num comunicado dirigido aos EUA e aos rebeldes Houthis.

 

"Apelamos à máxima contenção e à cessação de todas as atividades militares. Uma nova escalada poderia alimentar ciclos de retaliação que podem desestabilizar ainda mais o Iêmen e a região, e colocar graves riscos para a já terrível situação humanitária no país", pediu António Guterres, secretário-geral da ONU.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco