Um ataque russo com mísseis e drones contra Kiev durante a madrugada desta quarta-feira (12) deixou pelo menos um morto e quatro feridos, entre os quais uma criança. Os bombardeios causaram, além disso, vários focos de incêndios e uma série de explosões na capital ucraniana.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que a intensa ofensiva danificou edifícios de apartamentos, escritórios e infraestruturas civis. "Este terror russo contra a Ucrânia não vai parar por si só. Putin não está se preparando para a paz e continua a matar os ucranianos e a destruir cidades", afirmou.
Zelensky acrescentou que só ações fortes e pressão sobre a Rússia podem pôr fim a este terror. "Neste momento, precisamos da unidade e do apoio de todos os nossos parceiros na luta por um fim justo para esta guerra", indicou.
A força aérea ucraniana conseguiu abater seis dos sete mísseis balísticos lançados pelo ataque russo e dos 123 drones lançados contra o território, 71 foram derrubados, além de terem sido executadas contra-ofensivas eletrônicas em mais outros 40.
O bombardeio noturno também danificou infraestruturas críticas e feriu duas pessoas na região norte de Chernihiv, segundo as autoridades locais.
O ataque à Kiev ocorreu após Zelensky ter declarado ontem ao jornal britânico The Guardian que estaria disposto a fazer uma troca de territórios com a Rússia, nas eventuais negociações de paz mediadas pelos Estados Unidos, considerando que a Europa sozinha não conseguirá garantir a sua segurança.
Por outro lado, o ex-presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, já considerou a proposta como um ‘disparate, um absurdo’.
Enquanto isso, na terça-feira (11), Moscou ainda reivindicou a tomada de uma mais uma cidade na região ucraniana de Donetsk, Yasenove, a cerca de dez quilômetros a leste da região de Dnipro, que as forças russas poderão em breve alcançar pela primeira vez.
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