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Israel confirma libertação de mais seis reféns vivos no sábado

Também está acertada a entrega dos corpos de quatro prisioneiros israelenses que ainda se encontram na Faixa de Gaza na quinta-feira (20)

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Foto: Menahem KAHANA/AFP
Manifestantes se reúnem para um protesto de parentes e apoiadores de reféns israelenses mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023
O gabinete do primeiro-ministro de Israelita, Benjamin Netanyahu, confirmou hoje que foi alcançado um acordo com o Hamas no Cairo para antecipar a libertação de seis reféns israelenses vivos durante o próximo fim de semana.

Também já está acertada a entrega dos corpos de quatro prisioneiros israelenses que ainda se encontram na Faixa de Gaza na quinta-feira (20), o que acontecerá pela primeira vez desde o começo da guerra.

Essas medidas fazem parte da primeira fase do cessar-fogo sobre os reféns em Gaza, e surge no momento em que o governo de Tel Aviv já se prepara para dar inicio as negociações com os mediadores da segunda fase do acordo. Nesta etapa ainda estão incluídas a troca de reféns por detidos palestinos, segundo o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, acrescentando que o país exige uma desmilitarização completa do enclave. 

Por outro lado, fontes de segurança palestinas denunciaram que até agora foram registradas 266 violações do acordo de trégua desde que este entrou em vigor na Faixa de Gaza, no dia 19 de janeiro. Essas violações causaram a morte de 132 palestinos, incluindo 26 que morreram devido aos ferimentos, além de mais de 900 feridos em consequência dos ataques israelenses na região.

A maioria das violações ocorreu no centro de Gaza, com 110 incidentes, seguidos de 54 em Rafah, 49 na cidade de Gaza, 19 em Khan Younis e 13 no norte da Faixa de Gaza. Os novos números elevam o balanço total para 48.291 mortos e 111.722 feridos palestinos.

Já a porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Tess Ingram, apos uma visita de duas semanas a Gaza, contou que conversou com inúmeras crianças sobre as suas experiências no meio dos escombros das suas casas e das condições climáticas adversas. “Sim, as balas e as bombas podem já não ameaçam as suas vidas depois de 15 meses de medo e horror, mas a grave crise humanitária persiste, e essa crise está tendo um impacto muito sério nas crianças de Gaza, mais do que em qualquer outra pessoa”, alertou.

Enquanto isso, as forças israelenses realizam uma operação de demolição em grande escala no campo de refugiados de Tulkarem, na Cisjordânia ocupada, que entrou no 23º dia de ataques à zona.

Foram emitidas notificações de demolição para mais 14 casas palestinas no interior do campo, sendo que pelo menos 22 casas foram destruídas em mais de três semanas de ofensivas. Outras 300 casas foram parcialmente destruídas, 11 queimadas e cerca de 10.450 pessoas foram deslocadas à força de Tulkarem até o momento.