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Egito e Jordânia estudam alternativa ao plano de Trump para Gaza

O plano que o Cairo prepara deseja reconstruir a Faixa de Gaza

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Crédito: KUNA / AFP
Príncipe herdeiro da Jordânia à direita, Al-Hussein bin Abdullah II, e presidente do Egito, Abdelfatah al-Sisi

Nesta segunda-feira (17), o presidente do Egito, Abdelfatah al-Sisi, discutiu com o príncipe herdeiro da Jordânia, al-Hussein bin Abdullah II, o plano que o Cairo prepara para reconstruir a Faixa de Gaza, mas sem retirar os seus habitantes da região, como proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Além do mais, fontes de seguranças egípcias revelaram à agência de notícias espanhola EFE, no último sábado, que o Cairo já elaborou um plano para reconstruir Gaza em duas fases, com a duração de 24 meses cada e com um custo estimado em 300 bilhões de dólares, esperando obter consenso político e financiamento para a sua implementação.

Por sua vez, Abdullah II reiterou o seu apoio aos esforços do governo egípcio para o desenvolvimento do plano de reconstrução em Gaza sem o deslocamento dos palestinos residentes do enclave e reforçou a idéia de al-Sisi a realização de uma cúpula extraordinária no dia 27 de fevereiro dos chefes de Estado da Liga Árabe, composta por 22 membros, para manifestar a rejeição unânime ao plano de Trump.

“O príncipe herdeiro da Jordânia também reafirmou o apoio de Amã à cúpula árabe sobre a causa palestina e a necessidade de que o seu resultado seja um consenso árabe sobre a questão”, acrescentou um comunicado da presidência egípcia.

A visita do príncipe jordaniano ocorre após o recente encontro que teve com Trump, Na Casa Branca, onde o líder norte-americano insistiu na necessidade dos milhares de habitantes de Gaza ser reinstalados a força no Egito e na Jordânia e, tendo dito anteriormente que os EUA assumiria o controle da região .

A proposta foi categoricamente rejeitada pela Autoridade Palestina, condenada pela comunidade internacional e fortemente recusada pelos Estados árabes. Al Sisi a descreveu como uma liquidação da causa palestina e afirmou que não participaria.

Entretanto, o senador republicano Lindsey Graham afirmou em Israel durante uma visita de uma delegação bipartidária ao país, que há muito pouca vontade dos EUA tomarem conta da Faixa de Gaza de qualquer forma ou feitio.