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Fórum Econômico Mundial reúne líderes mundiais no debate dos desafios globais

Em seu discurso no evento, Ursula von der Leyen declarou que a UE está pronta para negociar com os EUA, mas não vai abdicar dos interesses valores europeus

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa numa sessão no Fórum Económico Mundial

A presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, em seu discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, declarou que a União Europeia esta ponta para negociar com os Estados Unidos, mas que o bloco não vai abdicar dos interesses e dos valores europeus. Von der Leyen ainda defendeu o reforço de cooperação com a China.
 
A Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial (FEM), que ocorre em Davos, na Suíça, até o dia 24 de janeiro, reúne 60 chefes de Estado e de governo, cerca de 350 líderes governamentais de mais de 130 países, 1600 líderes de empresas e representantes do setor privado e da sociedade civil para abordar os principais desafios globais e regionais e discutir prioridades para o ano que vem. 

O governo do Brasil está representado pelo ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, que busca investimentos externos na chamada economia verde e na transição energética. 
 
Dentre os principais líderes políticos participantes estão Donald J. Trump, presidente dos Estados Unidos, que participará através de uma videoconferência; Ding Xuexiang, vice-primeiro-ministro da China; Olaf Scholz, chanceler da Alemanha; Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, Pedro Sánchez, primeiro-ministro de Espanha;  Matamela Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul; Simon Harris, primeiro-ministro da Irlanda; Isaac Herzog, presidente de Israel; primeiro-ministro dos Países Baixos; Mohammed Mustafa, primeiro-ministro da Autoridade Palestina e Volodymyr Zelenskyy, presidente da Ucrânia.
 
Dirigentes das organizações internacionais também participam na conferência, como António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas; Ngozi Okonjo-Iweala, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio; Kristalina Georgieva, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional e Mark Rutte, secretário-geral da OTAN; Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial de Saúde e Achim Steiner, administrador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
 
A reunião deste ano esta atrelada ao tema "Colaboração para a Era Inteligente", centralizada na resolução de questões globais urgentes, como a redefinição do desenvolvimento econômico, a capitalização das inovações tecnológicas e o reforço da resiliência socioeconômica num cenário em rápida evolução. Também nas pautas discussões sobre a resposta a choques geopolíticos, a proteção do planeta e a administração de uma transição energética justa e inclusiva. 
 
O diretor-geral do FEM, Jeremy Jurgen, destacou a importância da agenda, que inclui ainda temáticas centrais como o bem-estar e a sustentabilidade. “E não se trata apenas de crescimento pelo crescimento, mas de crescimento para melhorar o bem-estar das pessoas, as suas vidas e a prosperidade comum", acrescentou.
 
O FEM publicou o seu Relatório sobre Riscos Globais 2025 antes do evento, que ressalta o conflito armado baseado no Estado como o risco mais premente, com eventos climáticos extremos e tensões geoeconômicas, todos demonstrando a necessidade crítica de esforços unificados entre os líderes globais. "Vamos analisar os compromissos ativos que as empresas e os governos assumem para colaborar em áreas específicas. Isto pode incluir a revolução da requalificação, a facilitação do comércio ou o desenvolvimento de clusters industriais. O nosso impacto será medido por estes compromissos concretos de investimento e cooperação", apontou Jurgen.
 
"Se o ano passado foi marcado pelo fosso entre esperanças e receios, o contexto de Davos 2025 não é menos conflituoso. A incerteza geoeconômica, as tensões comerciais, a polarização cultural e política, a ansiedade em relação ao clima são fatores que se fazem sentir, mas há também a promessa de uma rápida inovação, a Inteligência Artificial, a computação quântica e a biotecnologia, para aumentar a produtividade e o nível de vida", diz um comunicado do FEM.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco