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Líder sírio diz que levará até quatro anos para ter eleições no país

Com o fim do regime de Assad, o novo governo sírio estabelecido tem a previsão de se manter em funções até 1 de março de 2025 com o primeiro-ministro interino


 

Em entrevista à emissora estatal saudita Al Arabiya, o atual líder da Síria, Ahmed al-Sharaa, disse que o processo de preparação e elaboração de uma nova Constituição deve demorar até três anos e para organizar eleições até quatro. "A Síria precisa de um ano para que os cidadãos experimentem mudanças radicais nos serviços", adiantou al-Sharaa, anteriormente conhecido como Abu Mohammed al-Jolani.

 

O presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas também prevê que provavelmente vai demorar um ano até que os sírios comecem a ver mudanças significativas e melhorias nos serviços  públicos após a queda de Assad.

 

Além disso, afirmou que o país necessita reconstruir o seu sistema jurídico e que terá de fazer um recenseamento exaustivo da população para poder realizar eleições legítimas. "Qualquer eleição adequada exigirá um censo populacional completo", indicou.

 

Sharaa, chefe do grupo rebelde Organização para a Libertação do Levante (Hayat Tahir al-Sham ou HTS, na sigla em árabe), que derrubou  o ex-presidente sírio Bashar al-Assad, declarou também que não se vê como um libertador da Síria, dizendo que o povo sírio se salvou. Ele ainda avançou que o HTS será certamente dissolvido na próxima Conferência de Diálogo Nacional, que é considerado um grupo terrorista pela ONU  e por vários países.

 

Em relação às operações de retaliação que aconteceram contra membros do ex- regime, garantiu que foram menos do que o esperado em comparação com a dimensão da crise e criticou Assad por ter deixado enormes divisões dentro da sociedade síria. Sobre os protestos e manifestações que ocorrem no país, avaliou ser um direito legítimo de qualquer cidadão expressar a sua opinião.

 

Com o fim do regime de Assad, o novo governo sírio estabelecido tem a previsão de se manter em funções até 1 de março de 2025 com o primeiro-ministro interino Mohamed al-Bashir,  apesar de não ter apresentado um calendário oficial com os próximos passos referentes a eleições ou à nova organização política do país. 

Leia a notícia no Diario de Pernambuco