Nesta segunda-feira, a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, apresentou a sua demissão do cargo após ter sido eleita como a próxima Alta Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e de Segurança, substituindo o espanhol Josep Borrell.
Devido à renúncia, Kallas desencadeou automaticamente a demissão do seu Executivo tripartido, composto pelo Partido da Reforma (de Kallas), de centro-direita, pelo Partido Social-Democrata e pelo partido liberal Estônia 200. Tem sido uma época cheia de crises, com marcos como o coronavírus, a recessão e a guerra na Europa, quando a Rússia destruiu o nosso anterior quadro de segurança com a sua agressão na Ucrânia", declarou Karis, confirmando ainda que vai iniciar conversações com os demais partidos para a formação do novo governo.
“Kallas entregou a sua carta de demissão ao presidente da Estônia, Alar Karis, apesar de que permanecerá no cargo interinamente até que seja formado um novo Executivo”, diz o comunicado da presidência do país.
Karis também revelou que o partido de Kallas, que possui maioria no Parlamento, já nomeou um candidato. O Partido da Reforma anunciou em 29 de junho que escolheu a ministra do Clima, Kristen Michal, como candidata a primeira-ministra para substituir Kallas. O próximo Governo da Estônia deverá tomar posse entre final de julho e início de agosto.
“Mas, gostaria de ouvir as opiniões de todos os partidos sobre quem acreditam que poderá formar uma maioria viável. A Estônia precisa de um Governo que administre e tome decisões que ajude a mudar a economia, garanta a segurança e assegure um sentimento de segurança", destacou o presidente.
Kallas é uma advogada que lidera o Partido da Reforma e assumiu o cargo de primeira-ministra em janeiro de 2021, quando se tornou a primeira mulher a chefiar o governo do país. Sua política tem adotado muitas críticas à invasão russa da Ucrânia.O Partido da Reforma da Estônia faz parte do grupo parlamentar Renovar a Europa, sendo a primeira vez em que outra linha partidária europeia que não a dos Socialistas e Democratas controlará a pasta ministerial da diplomacia da União Europeia.
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