° / °

O "monstro de Amstetten" escreve livro na prisão

Por

O austríaco Josef Fritzl, conhecido como "o monstro de Amstetten",  que manteve a filha em cativeiro por mais de duas décadas e com quem teve filhos fruto de violações escreveu um livro na prisão. “Espero me reconciliar com a família um dia”, afirmou Fritzl, atualmente com 88 anos e que foi condenado a prisão perpetua em 2009 por assassinato, escravidão, estupro e incesto. A sua filha, Elisabeth Fritzl, desapareceu em 1984 aos 18 anos e somente foi encontrada 24 anos depois, em 26 de abril de 2008, num porão secreto que o pai construiu sob a casa da família em Amstetten, na Áusrtia. Os abusos durante esse período resultaram no nascimento de sete crianças, três das quais ficaram em cativeiro com Elisabeth, uma morreu e as outras três foram criadas pelo sequestrador e sua mulher.

O livro intitulado "The Abysses of Josef F" ("Os Abismos de Josef F", em tradução livre) foi escrito com a sua advogada, Astrid Wagner, que revelou que Fritzl pediu que o ajudasse a publicar as suas memórias. "Eu concordei. Ele me enviou o manuscrito e eu o editei", disse Wagner, acrescentando que como muitos criminosos ele não conseguiu reconhecer a dimensão do seu crime e o livro serviu para "tentar lidar com a culpa" e "explicar por que se desviou a tal ponto".

No livro, Fritzl escreve que não consegue entender por que a sua mulher, Rosemarie, cortou todo o contato com ele. "Eu definitivamente acredito que vou vê-los novamente um dia. Eu entendo as pessoas que querem que eu morra na cadeia. Mas eu quero experimentar a liberdade um dia", comentou. Em “The Abysses of Josef F”, ele ainda conta detalhes de sua vida em Stein, a prisão psiquiátrica de alta segurança, em Krems, onde está preso. Nele relata que evita andar no pátio da prisão porque há alguns prisioneiros querem espancá-lo e também assegura que recebe centenas de cartas, a maioria de mulheres que dizem estarem apaixonadas por ele.