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Congresso dos EUA analisa tentativa de Trump de 'corromper' o Departamento de Justiça

Parlamentares que investigam a insurreição do ano passado contra o Capitólio dos Estados Unidos discutem nesta quinta-feira os esforços de Donald Trump para transformar o Departamento de Justiça em seu escritório de advocacia "pessoal" com o objetivo de anular a eleição na qual foi derrotado por Joe Biden.
Na quinta audiência de sua investigação de um ano sobre os fatos, o painel da Câmara destacará as tentativas de Trump de “corromper” o Departamento de Justiça “para apoiar sua tentativa de anular a eleição”, disse o presidente da comissão, Bennie Thompson.
Os legisladores revisarão as tensões no Departamento de Justiça no fim de semana anterior à insurreição de 6 de janeiro de 2021, quando Trump tentou colocar um homem de confiança no comando da pasta.
"Vamos analisar especificamente como o presidente tentou fazer mal uso do departamento para avançar sua própria agenda e permanecer no poder", disse um assessor da comissão. "E veremos como (...) o presidente estava usando o Departamento de Justiça para seus próprios fins".
As testemunhas serão Jeffrey Rosen, procurador-geral interino nos últimos dias do governo Trump, seu vice Richard Donoghue, e Steven Engel, ex-procurador-geral assistente do Gabinete de Assessoria Jurídica.
Rosen assumiu o DoJ depois que Bill Barr renunciou, mas logo se viu no centro dos esforços de Trump para questionar a legitimidade da eleição.
Trump começou a apoiar um funcionário de nível médio do departamento, pouco conhecido, chamado Jeffrey Clark, que apoiou as teorias do presidente em fim de mandato sobre a suposta e não comprovada fraude eleitoral.
Clark pressionou seus colegas a enviar cartas para vários estados nos quais Biden venceu, incentivando-os a anular os resultados da votação.
De acordo com a imprensa, a comissão suspenderá as audiências públicas até depois do feriado de 4 de julho, Dia da Independência, sendo a sessão desta quinta-feira a última até essa data.
Thompson disse a jornalistas que "novos fluxos significativos de evidências exigiram uma mudança no cronograma de audiências do painel, incluindo a possibilidade de audiências adicionais".
A nova evidência inclui imagens do documentarista Alex Holder, que teve acesso a Trump e sua família antes e depois de 6 de janeiro.