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Alemanha diz que efeitos das sanções valem a defesa da democracia

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Nesta terça-feira (21), na conferência da Federação das Indústrias Alemãs, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, reconheceu que as sanções impostas à Moscou estavam afetando à própria economia do seu país, no entanto destacou que os gastos valiam a pena para defender a liberdade. ”Estamos trabalhando contra a Rússia com a ajuda de sanções duras sem precedentes. Sim, elas são dolorosas para nós e para nossas empresas, mas eles foram à coisa certa a fazer. A liberdade tem seu próprio preço, a democracia tem seu próprio preço, a solidariedade com os amigos e aliados tem seu próprio preço. Estamos preparados para pagar este preço”, declarou Scholz.
 
Berlim afirma que ajuda Ucrânia em grande escala
 
Em entrevista ao jornal Munchner Mekur, o chanceler alemão também refutou as críticas sobre a ajuda à Ucrânia não ser mais substancial e que não está sendo entregue o armamento que foi prometido. Scholz disse que Berlim apoia Kiev da melhor forma possível e acrescentou que são fornecidos armas e treinamento adequados as tropas ucranianas, além de ajuda financeira em grande escala. “Quem pensa que armas de guerra estão disponíveis como carros de um revendedor, está errado. Estou ciente de que devo suportar críticas, mas não me deixarei desviar de um curso nivelado. Alguns subestimam a complexidade da questão. Se fornecemos os sistemas de armas mais modernos, tais como howitzers autopropulsionados ou sistemas antiaéreos complexos, os soldados também devem ser bem treinados, caso contrário, estas armas serão ineficazes. Além disso, é necessário organizar as munições apropriadas para alguns sistemas”, apontou.
 
O chanceler ressaltou ainda que a Alemanha recebeu e acolheu mais de 800.000 refugiados da guerra, e que sempre manteve o apoio incondicional às sanções antirrussas da União Europeia (UE). “Aguentaremos o tempo que for preciso. Uma paz na Ucrânia ditada pela graça de Putin, presidente da Rússia, seria inaceitável”, assegurou Scholz.