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Supremo Tribunal do Iraque rejeita pedido de anulação dos resultados eleitorais
O Supremo Tribunal Federal, a principal corte constitucional do Iraque, rejeitou nesta segunda-feira (27) uma ação do grupo Hashd al Shaabi (ex-paramilitares) que pedia a anulação dos resultados das eleições legislativas de outubro.
"O tribunal federal decidiu rejeitar a ação que buscava a não aprovação dos resultados (das eleições) e determina os demandantes assumam os custos"(judiciais), afirmou o juiz na decisão. "O veredicto é obrigatório para todas as autoridades".
Após a as eleições de 10 de outubro, a Aliança da Conquista, braço político do movimento Hashd al Shaabi, apresentou uma demanda para denunciar uma suposta fraude na votação.
O partido, apoiado pelo Irã, perdeu dois terços de sua bancada parlamentar nas eleições e atualmente tem apenas 17 deputados.
A Aliança entrou no Parlamento em 2018 com 48 deputados, de um total de 329.
A decisão do Supremo Tribunal não significa, no entanto, o reconhecimento oficial dos resultados das eleições, afirmou um dos advogados da Comissão Eleitoral, que acompanhou a audiência desta segunda-feira.
Ele afirmou que outra decisão da corte ainda é necessária para a confirmação oficial dos resultados das eleições, vencidas pelo movimento do líder xiita Moqtada Sadr, que se tornou a maior bancada do Parlamento com 73 cadeiras.
Este movimento é o principal rival do Hashd al Shaabi que, apesar da derrota, continua sendo um grupo político crucial.
Dirigentes da Aliança da Conquista afirmaram que apresentaram a demanda por irregularidades durante o processo de votação.
Para isto, eles citaram relatórios de analistas de uma empresa alemã contratada pela Comissão Eleitoral para avaliar o processo de votação e destacaram que as impressões digitais de muitos eleitores não foram reconhecidas durante a votação eletrônico.