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Belarus ameaça interromper passagem de gás para a UE

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O presidente da República da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, declarou que antes da União Européia aplicar novas sanções contra seu país avalie primeiro o trânsito de gás e cargas do gasoduto transnacional de exportação Yamal-Europa que cruza o território de Belarus. "Ultimamente os volumes do trânsito de gás da Rússia para o Ocidente têm aumentado consideravelmente. Nós aquecemos a Europa, enquanto eles nos ameaçam que fecharão a fronteira. E se cortarmos o fluxo de gás natural para lá? A minha recomendação aos líderes da Polônia, aos lituanos e a outros tolos é que pensem duas vezes antes de falar", avisou Lukashenko.

O líder da Bielorrússia também exigiu ao Ministério das Relações Exteriores que advirta todos na Europa sobre uma resposta iminente às sanções adicionais, que classificou de inaceitáveis. "A Polônia ameaça-nos que vai fechar a fronteira. Fechem, por favor: menos refugiados se deslocarão para lá", acrescentou o chefe de Estado. 

Além disso, Lukashenko garantiu que militares poloneses tentaram impelir ao território de Belarus mais de 1.000 migrantes e afirmou que algumas ações das forças da Polônia são inadmissíveis, como os disparos por cima das cabeças na direção do seu país. 

De acordo com publicação da agência de notícias Belta, o presidente ainda declarou em uma reunião com a liderança do Conselho de Ministros do país que se observa uma tendência perigosa quando há tentativas de transferir armas e munições para o campo de migrantes com o objetivo causar um conflito. "Cerca de 15 mil soldados, tanques, veículos blindados, helicópteros e aviões já foram deslocados para a fronteira da Bielorússia, sem avisar ninguém", disse Lukashenko .

O presidente ordenou ao seu Ministério da Defesa e as tropas de fronteira  que monitorem na região as ações das forças da OTAN e da Polônia.