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Taiwan alerta sobre a paz asiática se atentarem contra sua democracia

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Nesta terça-feira (5), a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, escreveu um artigo publicado na revista Foreign Affairs no qual destaca que, como os países reconhecem cada vez mais a ameaça do Partido Comunista chinês ao seu país, eles precisam compreender o valor de trabalhar com a ilha. "E eles devem se lembrar que se Taiwan caísse, as consequências seriam catastróficas para a paz regional e o sistema da aliança democrática. Seria um sinal de que na competição global de valores de hoje o autoritarismo está em vantagem sobre a democracia", revela o texto de Tsai.

Além disso, a líder afirmou que Taiwan não busca um confronto militar e quer uma coexistência pacífica, estável, previsível e mutuamente benéfica com seus vizinhos. "Mas se sua democracia e modo de vida forem ameaçados, Taiwan fará tudo o que for preciso para se defender", acrescentou. 

Para Ing-wen, o povo taiwanês se levantará se a existência de Taiwan for ameaçada, indicando que a democracia é inegociável. Já o premiê taiwanês, Su Tseng-chang, também comentou que Taiwan deve "ficar em alerta" por causa das atividades militares chinesas na região, que são consideradas "excessivas". A declaração do primeiro ministro foi feita após a incursão de aproximadamente 52 aviões da China ontem (4) na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan. 

No entanto, Tsai voltou a apelar por negociações com a China, que devem ser realizadas em espírito de igualdade e sem condições políticas prévias. A presidente ainda ressaltou que Taiwan é uma nação democrática e ocidental, mas influenciada pela civilização chinesa e moldada pelas tradições asiáticas.