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Venezuela diz que o país enfrenta grupos e ações paramilitares colombianas

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Nesta sexta-feira (16) o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, declarou que a Venezuela enfrenta uma estrutura paramilitar estabelecida na Colômbia e que tem como objetivo realizar ações que desestabilizam a fronteira entre os dois países. "Nos confrontamos com uma base de operações paramilitares em território colombiano que ataca sistematicamente, com todos os planos perversos da oligarquia colombiana, a pátria do libertador", afirmou López.

Além disso, Padrino López ainda garantiu que as quadrilhas paramilitares da Colômbia se transformaram em um produto de exportação. "Se tornou um produto de exportação que tem tido o seu efeito,  como já vimos no Caribe, que tem tido o seu efeito na Venezuela, quando em uma zona fronteiriça tentaram criar um território indefinido, uma paraeconomia proveniente e alimentada pelo narcotráfico e pelas gangues paramilitares", destacou. 

Padrino López também acrescentou que essa abordagem é uma estratégia arquitetada pelo Ocidente e pelo Oriente para fragmentar e desagregar a Venezuela, mas que o país não irá permitir. No entanto, o ministro da Defesa ressaltou que seu país conseguiu derrotar estas tentativas de desestabilização porque conta com a coesão das Forças Armadas.

Caracas tem acusado veementemente a Colômbia de armar quadrilhas paramilitares para atacar seu território e tentar assassinar o presidente venezuelano Nicolás Maduro. Inclusive na última terça-feira (13) o presidente da Assembléia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, disse que mostrará em breve provas de que a empresa norte-americana CTU Security LLC, que contratou os mercenários para matar o presidente haitiano Jovenel Moïse também esteve envolvida no atentado ao líder venezuelano Nicolás Maduro em 2018. Rodríguez ainda salientou que a CTU Security LLC, que pertence a Antonio Intriago, estava envolvida em todos os eventos logísticos que levaram ao assassinato de Moïse, em decorrência do grau de frustração no passado com a tentativa de ataque a Maduro ter fracassado. Rodrigues até garantiu que o próprio presidente da Colômbia, Ivan Duque, se tornou "uma verdadeira ameaça" para a paz da região.