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Especialistas dos EUA alertam que pessoas não vacinadas são fábricas de variantes

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De acordo com a reportagem veiculada na emissora CNN International, os acadêmicos entrevistados pelo canal afirmaram que o potencial de o novo coronavírus se espalhar e evoluir para uma versão mais perigosa para as pessoas aumenta quanto maior for à população não vacinada. Os especialistas disseram que além de arriscarem sua própria saúde, as pessoas não vacinadas são um risco para as outras pessoas, muito devido a serem fontes de novas variantes do coronavírus. "Pessoas não vacinadas são fábricas de variantes potenciais. Quanto mais pessoas não vacinadas houver, mais oportunidades para o vírus se multiplicar. Quando ele se multiplica, ele se modifica, e pode lançar uma mutação da variante que é ainda mais grave", garante o Dr. William Schaffner, professor da Divisão de Doenças Infecciosas no Centro Médico da Universidade Vanderbilt (EUA).

O microbiologista e imunologista Andrew Pekosz, da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg (EUA) também acrescentou que devido à propriedade dos vírus em ter mutações, com algumas mudanças oferecendo vantagens em se replicar, transmitir ou poder infectar hospedeiros muito diferentes, eles têm maior probabilidade em permanecer e se expandir na população, dificultando sua erradicação, até se poderem tornar disseminados o suficiente para se tornarem uma variante. "Cada vez que o vírus muda, isso dá ao vírus uma plataforma diferente para acrescentar mais mutações. Agora temos vírus que se espalham com mais eficiência.", explicou Pekosz.

Em relação a exemplos de mutações que se disseminaram e se tornaram variantes estão incluídas as cepas do Reino Unido, Índia, Brasil e duas nos Estados Unidos. Uma se baseou na D614G, que evoluiu na Europa no verão de 2020 e se espalhou pelo mundo afora, substituindo na prática a versão vinda da China desde o fim de 2019 e início de 2020. Atualmente o mundo enfrenta uma variante mais transmissível da Índia, conhecida como Delta, que já está presente em inúmeros países. "Quanto mais permitirmos que o vírus se propague, mais oportunidades o vírus terá de mudar", declarou recentemente a Organização Mundial da Saúde.