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Índia disputa por empresas norte-americanas
Desde que as acusações do Governo Trump sobre a origem do novo coronavírus começaram e as tensões e oscilações comerciais e econômicas cresceram entre os Estados Unidos e a China, a Índia vem se empenhando para trazer para seu território mais de mil empresas norte-americanas, que no momento se concentram no país asiático.
A agência Bloomberg informou que, de acordo com as autoridades governamentais indianas, entre essas empresas encontram-se produtores de equipamentos médicos, unidades da indústria agroalimentar e fabricantes do setor têxtil, de couro e autopeças.
As negociações, que tiveram início em abril e se estabeleceram por meio de missões no exterior, envolvem as gigantes do setor de tecnologia médica, como a Medtronic Plc, e a farmacêutica Abbott Laboratories, que recentemente criou testes "rápidos" para a Covid-19.
Ao que tudo indica, o governo indiano teria argumentado junto às companhias que a cidade de Nova Deli, por exemplo, pode fornecer mão de obra mais barata, além de ter sido considerado o adiamento da introdução de um imposto sobre transações digitais, que tinha desagradado várias destas empresas estrangeiras.
Outro ponto levantado pelo governo indiano seria que está disposto em avaliar pedidos específicos sobre alterações referentes à sua legislação fiscal e trabalhista, o que permitiria um acesso bem mais favorável para serem instaladas as companhias americanas na Índia.
Apesar do presidente dos EUA, Donald Trump, ter defendido há bastante tempo o retorno das empresas norte-americanas no exterior a solo americano, a nova abordagem a principio incide mais em deixar a China do que propriamente em trazer de volta a indústria americana para o seu país.
Já a agencia de notícias Reuters comunicou que Washington não se opõe e não pretende fazer objeções às empresas americanas que decidirem se transferir para países “mais amigáveis”. Vale destacar que a Índia também foi apontada entre os parceiros com os quais o governo dos EUA está trabalhando para "fazer avançar a economia global".