EUA rejeitam proposta russa sobre a Venezuela no Conselho de Segurança da ONU
O Conselho de Segurança da ONU realizou uma discussão sobre a recente tentativa de incursão armada da Venezuela. No entanto, de acordo com o vice-chefe da delegação russa no Conselho de Segurança da ONU, Dmitry Polyansky, os Estados Unidos rejeitaram de imediato a proposta de resolução apresentada pela Rússia sobre a soberania da Venezuela.
O projeto apresentado pela Rússia propôs a abertura de um diálogo intra-venezuelano para solucionar a crise política do país. A proposta da resolução também se baseou na determinação prevista na Carta da ONU, na qual os membros do Conselho de Segurança rejeitem o uso ou ameaça de uso da força, ratificando a decisão sobre a condenação do terrorismo e todas as suas formas e manifestações, bem como o emprego de mercenários. O documento pleiteou ainda que "Os membros do Conselho de Segurança pedem que a situação atual na República Bolivariana da Venezuela seja tratada através do diálogo entre venezuelanos, sem interferência externa, por meios pacíficos e políticos, no quadro da Constituição do país e com pleno respeito à soberania e integridade territorial da Venezuela".
O caso da incursão a Venezuela foi anunciado no dia 3 de maio pelo Ministro do Interior venezuelano, Jorge Arreaza, que afirmou que as autoridades do seu país evitaram uma invasão naval de combatentes colombianos em embarcações de alta velocidade provenientes do departamento de La Guajira. Já o presidente da Assembléia Constituinte da Venezuela, Diosdado Cabello, acrescentou ao episódio que foram mortos oito atacantes. O presidente Nicolás Maduro disse na ocasião que o intuito da invasão era seu assassinato e que entre os invasores detidos estavam dois cidadãos norte-americanos, a quem ele chamou de agentes da guarda pessoal do presidente dos EUA Donald Trump. Em contrapartida, as autoridades dos Estados Unidos e da Colômbia garantiram não ter nada a ver com os eventos.