° / °

Irã promete responder à morte de sete iranianos em bombardeio na Síria

O Irã é, junto com a Rússia, um dos principais aliados do regime de Damasco, e desempenhou um papel importante nas recentes vitórias das tropas do governo contra os rebelde

Por

Foto mostra prédios destruídos na cidade de Homs, na Síria, em 19 de setembro de 2016. Foto: Louai Beshara/AFP/Arquivos
Teerã, Irã  - O Irã prometeu nesta terça-feira (10/4) uma resposta à morte de sete de seus cidadãos em um bombardeio na Síria, atribuído a Israel. Vários meios de comunicação iranianos revisaram em alta uma avaliação anterior de quatro vítimas fatais no ataque de segunda-feira à base aérea T-4, na província síria de Homs.

"O ataque do regime sionista na Síria não ficará sem resposta", disse Ali Akbar Velayati, assessor do guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, citado pela agência de notícias iraniana ISNA, em sua chegada a Damasco para se encontrar com o presidente sírio Bashar al-Assad.

O Irã é, junto com a Rússia, um dos principais aliados do regime de Damasco, e desempenhou um papel importante nas recentes vitórias das tropas do governo contra os rebeldes. Teerã enviou à Síria milhares de combatentes "voluntários" procedentes do Irã e também do Afeganistão ou Paquistão, formados por "assessores militares" iranianos no país em guerra.

O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, atacou por sua vez o presidente americano Donald Trump, depois de a Casa Branca apontar a "responsabilidade" do Irã e da Rússia em um suposto ataque químico contra um reduto rebelde sírio.

O Irã "nunca deixou de condenar o uso de armas químicas [e já foi ele mesmo] vítima de seu uso por Saddam [Hussein] com o apoio dos Estados Unidos", tuitou Zarifu, lembrando os ataques químicos sofridos por seu país na guerra contra o exército do falecido ditador iraquiano entre 1980 e 1988.

"As ameaças de [Trump] de repetir agressões impulsivas são reveladoras da política americana que ajuda os extremistas", acrescentou Zarif. Na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos prometeu uma resposta "forte" contra o regime de Damasco e seus aliados após o suposto ataque químico à cidade de Duma, perto de Damasco.