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Câmara Brasil-Portugal prioriza pequena e média empresa em Pernambuco

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A Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Brasil-Portugal, a segunda mais antiga do país, está selecionando neste mês de novembro novos membros para sua diretoria em Pernambuco. Com cerca de 100 associados no estado, a Câmara atua em Pernambuco desde 1912 e concentra suas ações nas pequenas e médias empresas.

O mandato da nova diretoria se estenderá até 2025. A escolha dos diretores será feita a partir de uma avaliação técnica e de afinidade deles com áreas de interesse dentro da pauta de negócios, que é diversificada e com forte atuação na Zona da Mata no Sertão.

“O papel da Câmara de Comércio é trabalhar o middle market, aqueles empresários que não são das grandes multinacionais brasileiras ou portuguesas, ou empresas maduras, essas já têm uma estrutura própria de penetração, com bancos e acessos a diversas formas de financiamento. No entanto, o médio e o pequeno precisam da Câmara para facilitar essa obtenção de informações”, detalha a diretora executiva de Inovações e Relações com o Mercado, Daniele Freire.

Também diretor da entidade, o advogado Antonio Mario de Abreu Pinto reforça o peso histórico da comunidade lusófona em Pernambuco. “O estado sempre foi uma porta de entrada para imigrantes portugueses no Nordeste. Inclusive o nosso comércio, durante muito tempo, foi dominado por portugueses e suas grandes estivas”, lembra.

O que se busca com a Câmara, conforme ele, é o fortalecer a “relação comercial, tão arraigada à nossa cultura”. Antonio Mario aponta entre os símbolos do vínculo entre Portugal e Pernambuco o Gabinete Português de Leitura, o Clube Português e o Hospital Real Português.

Ao todo, 18 Câmaras de Comércio Portuguesas atuam no Brasil, que reúnem cerca de 2,5 mil associados. Nas últimas décadas, tais organizações vêm firmado papel estratégico na construção da diplomacia econômica.

Tendo a companhia energética EDP como principal mantenedora, as câmaras portuguesas possuem mais de 900 convênios de cooperação assinados com universidades, parques tecnológicos, governos, federação de indústria, sistema S, além de instituições públicas e privadas do Brasil e de Portugal para facilitar negócios e parcerias entre os dois países.

Na região Nordeste, além de empresários, a entidade tem como associados governos, parques tecnológicos, ecossistemas de inovação, federação de indústrias, universidades, o Sistema S (Sesc, Sebrae), além do terceiro setor, como o Projeto Portinari e a Fundação Gilberto Freyre.

CIFRAS
Entre janeiro e julho de 2022, o Brasil importou US$ 519,02 milhões de Portugal, um crescimento de 7,27% em relação ao mesmo período do ano passado. Os cinco produtos mais importados foram azeite de oliva, peixes, vinhos, combustíveis minerais e instrumentos mecânicos, enquanto os cinco mais exportados foram combustíveis, soja, ferro e aço, milho e madeira.

Em 2021, segundo dados da Federação das Câmaras Portuguesas, os estados nordestinos realizaram negócios da ordem de R$ 145 milhões com Portugal, tendo Pernambuco somado US$ 58,643 milhões em exportações e importações.