{{channel}}
Estudo de viabilidade ambiental auxilia no investimento empresarial
Suponha que um empresário queira construir um empreendimento. Ele conversa com corretores de imóveis, sua área de engenharia, arquitetos, sua área de negócios. Então, escolhe um terreno para a implantação do empreendimento e bola pra frente. Certo? Nem sempre. Tudo pode dar muito errado pois a área escolhida pode apresentar uma série de limitações e impedimentos legais, podendo inclusive o empreendimento ser impedido de ser licenciado. Neste sentido, um estudo preliminar de fundamental importância no planejamento inicial é o Estudo de Viabilidade Ambiental - EVA.
“Da mesma maneira que um estudo de viabilidade econômica é fundamental para um empreendimento, um estudo de viabilidade ambiental deve ser contratado na fase preliminar, antes mesmo de se pensar ou conceber um projeto”, explica o consultor, especialista em planejamento e gerenciamento ambiental, diretor da Método Ambiental, Mauro Buarque. Um Estudo de Viabilidade Ambiental - EVA traz, de forma preliminar, um breve perfil da área, apontando as restrições legais e, muitas vezes, sinalizando para a importância de outros estudos iniciais, como um inventário florestal, sondagem de solo, ruído, fauna, entre outros. Quando há um projeto de negócio pré-concebido, e só depois vem a execução do EVA, na maioria das vezes são necessários ajustes, o que pode implicar em mais custos. Daí a sua importância ainda na fase inicial. Também acontece de a consultoria contraindicar o projeto naquele local, ou mesmo não recomendar sequer a aquisição do terreno.
O diretor da Método Ambiental, Mauro Buarque, conta que muitas vezes o empresário procura a consultoria antes mesmo de adquirir o terreno. "Não raro, somos procurados para estudos de viabilidade de terrenos e áreas ainda ocupadas por outras atividades, para que o empresário conheça os impeditivos legais antes de desembolsar para a sua compra", explica.
Na Método Ambiental, que tem mais de 20 anos de atuação no segmento, nos últimos três anos o EVA foi o carro-chefe do portfólio, que engloba mais de 30 produtos - entre estudos e serviços. Segundo Mauro Buarque, essa procura alta por estudos prévios nas empresas sinaliza a consolidação de um trabalho que vem se tornando estratégico para empresários e empreendedores em geral, de Pernambuco e de outros estados. "Temos sido demandados na fase de pré-concepção de um projeto ou empreendimento, quando alocamos toda a nossa expertise para ajudar a delinear o projeto dentro da legalidade ambiental e sobretudo trazendo ativos ambientais aos produtos que levam nosso DNA", dispara Buarque. "Não basta possuir a anuência de instalação, o olhar ambiental hoje pode agregar desde um aproveitamento de flora nativa até um licenciamento mais fluido, que pode seguir mais célere e de forma técnica, uma vez que não costuma haver retrabalho de desenho de projetos para adequação à legislação ambiental e urbanística", acrescenta.
A CEO da Iron House - empresa do Grupo Cornélio Brennand com foco em desenvolvimento, investimento e gestão de ativos imobiliários -, Leticia Simonetti, diz que o Estudo de Viabilidade Ambiental é muito importante no desenvolvimento de empreendimentos pela empresa. "Esse estudo preliminar direciona a concepção inicial de um projeto permitindo que todo o processo de desenvolvimento flua de forma mais rápida e objetiva", pontua. Letícia ainda destaca que, através de um EVA, os recursos ambientais podem ser incorporados aos projetos no momento de sua idealização.
O Grupo Rio Ave, do ramo de construção de edifícios residenciais e empresariais de alto padrão no Recife, também aposta nos estudos preliminares para uma definição mais precisa dos investimentos, entre eles o Estudo de Viabilidade Ambiental. “O EVA sinaliza preliminarmente a viabilidade ou não de um empreendimento e é por isso que ele, historicamente, está entre os estudos que têm importância fundamental nos nossos projetos, independentemente de limites geográficos", afirma a advogada do Grupo, Carla Taveira.
Para Mauro Buarque, está crescendo o número de empreendedores mais atentos e comprometidos com as normas. “Eles entenderam que as suas obrigações podem ser transformadas em diferenciais verdadeiramente sustentáveis para um projeto”, revela. Também, quando há a contratação para um EVA, em geral, os empresários seguem com a consultoria estratégica, o que acaba impactando positivamente em todo o processo de licenciamento, de forma mais técnica e profissional, e até mesmo após a licença de operação, uma vez que a questão ambiental passa a ser incorporada de forma profissional nesses empreendimentos.