° / °
Cadernos Blogs Colunas Rádios Serviços Portais

Auditores federais agropecuários podem entrar em greve na semana que vem

Por

Auditores fiscais federais agropecuários (affas) podem entrar em greve na semana que vem, após assembleia marcada para a próxima quinta (25). A categoria se diz insatisfeita com o tratamento do governo federal ao pedido de reestruturação da carreira, e está em operação-padrão desde dezembro — realizando as tarefas em ritmo mais lento.

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) decidiu marcar a assembleia para a semana que vem, após reunião ontem (19) de seu conselho de mobilização. Os servidores são vinculados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A partir desta sexta (20), os auditores intensificam a mobilização, o que, segundo o sindicato, pode "gerar atrasos e filas em portos, aeroportos e fronteiras estratégicas para a entrada e saída de cargas do Brasil".

Greve é "muito provável"
 
Para a entidade, o governo não deu nenhuma sinalização positiva sobre as demandas de recomposição das perdas inflacionárias e sobre a defasagem salarial de mais de cinco anos sem reajustes. "É muito provável que o indicativo de greve seja aprovado", afirmou o presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo. “É inadmissível uma carreira que tem desempenho crucial na segurança alimentar do país e nos resultados positivos do agronegócio ser tratada com tanto descaso pelo Planalto.”

O auditor explica que, em caso de greve, os serviços essenciais à saúde e segurança alimentar serão mantidos, bem como o controle de entrada de pragas e doenças. “Na operação-padrão, os affas vêm obedecendo aos prazos regimentais e emitindo a documentação necessária à liberação de cargas ao produtor”, disse. 

“Nas rotinas de trabalho, os affas também vão priorizar as atividades que podem afetar diretamente o cidadão, como a liberação de cargas vivas e perecíveis, a fiscalização de bagagens de passageiros e de animais de companhia (pets), assim como eles têm feito durante a operação-padrão”, diz Janus.

O sindicato defende que há uma carência de 1.620 affas, acúmulo de serviço, excesso de horas trabalhadas e turnos estendidos, sem direito a receber ou a ter banco de horas pelas horas extras.