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Banco Central começa cadastramento para Pix nesta segunda, 5
“Uma pequena loja, um fiteiro, um vendedor na praia - todos vão poder usar. As transações ficam muito mais rápidas e muito mais baratas para todo mundo”, explica o economista Edgar Leonardo sobre o Pix, solução de pagamento instantâneo, cujo cadastramento começa nesta segunda-feira (5). O Pix é desenvolvido e gerido pelo Banco Central do Brasil (BC) e entra em funcionamento a partir de 16 de novembro.
O cadastramento é necessário porque o Pix é uma chave de identificação, mas o cidadão ou cidadã decide se vai aderir ou não, mas o uso é muito vantajoso: através do Pix, transações por TED e DOC, que têm custo, passarão a não ser mais necessárias. “Ganha-se agilidade e economia na transação. Vamos poder, por exemplo, sair de casa sem ter que levar cartão de crédito, dinheiro. Para o pequeno empreendedor, por exemplo, é um grande negócio. Com o QRcode, ele vai poder receber o pagamento sem precisar de maquininha, que tem um custo”, diz Leonardo, que professor do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE).
O grande motivador do Pix é o atraso do mercado brasileiro e as próprias fintechs (instituições financeiras que se oferecem serviços a custos mais baixos) já são uma resposta para isso. “Aqui no Brasil, temos cinco grandes bancos que movimentam 80% das transações bancárias; destes, dois são estatais”, comenta o professor. As próprias fintechs, que não cobram por transações de TED e DOC, em geral, ainda usam tecnologias antigas, precisando dos dados bancários para transferências. “Agora eu vou ter essa chave, que pode ser meu celular, cpf ou email. Pego, coloco no aplicativo e transfiro. Cai na hora e sem custo”.
Leonardo ainda diz que o Pix poderá acelerar o processo de bancarização da população: no Brasil, em torno de 50 milhões de pessoas são desbancarizados ou sub-bancarizados. “Percebemos isso fortemente agora, na pademia, no recebimento do auxilio emergencial. Muita gente não tinha conta”.
Cadastramento
Muitos bancos e outras instituições já iniciaram um pré-cadastramento, mas é a partir da segunda-feira (5), que começam os cadastramentos das chaves, um “apelido” que vai identificar cada conta no sistema. O uso do Pix dispensa dados bancários do destinatário para realizar uma transação.
Segundo a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), vai será possível vincular uma chave Pix em mais de uma instituição financeira. O cliente, então, precisará escolher um e-mail para um banco e, por exemplo, o CPF para outro.
“Chave PIX” - Tire suas dúvidas
O que é Pix?
É a solução de pagamento instantâneo, criada e gerida pelo Banco Central, que proporciona a realização de transferências e de pagamentos. O Pix é concluído em poucos segundos, inclusive em relação à disponibilização dos recursos para o recebedor.
Quem pode fazer?
Qualquer pessoa física ou jurídica que possua uma conta corrente, poupança ou conta de pagamento pré-paga em um prestador de serviço de pagamento (instituições financeiras ou instituições de pagamento) participante do Pix.
Preciso ter conta em banco para fazer um Pix?
Não necessariamente. Você precisará ter uma conta em um prestador de serviços de pagamento (instituição financeira ou instituição de pagamento) participante do Pix. O Pix não está restrito a bancos. Outras instituições financeiras e também instituições de pagamento (como algumas fintechs) podem ofertá-lo.
Preciso ter um celular para fazer um Pix?
Não necessariamente. O Pix poderá ser disponibilizado pelas instituições participantes em diversos canais de acesso. O telefone celular, desde que seja um smartphone, é um desses canais e deverá ser o mais utilizado. internet banking e presencialmente nas agências, nos caixas eletrônicos ou nos correspondentes bancários, como lotéricas, também serão canais possíveis.
Tenho que ter internet para fazer um Pix?
%u200BEm um primeiro momento, sim. Há, no entanto, previsão de disponibilização de uma forma de pagamento off-line para 2021.
Fonte: Banco Central do Brasil