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O que se mantém e o que muda no plano de flexibilização

O governo de Pernambuco anunciou, hoje, mais uma etapa do plano de retomada das atividades econômicas no estado. Agora, no início da fase quatro para as cidades que estavam na terceira, vigoram itens já previstos - como a volta da construção civil com 100% da capacidade - e antecipam-se outros. Foi ampliado o funcionamento do varejo com a abertura antecipada, em uma etapa, dos shoppings. Lojas acima de 200 metros quadrados também voltam a funcionar. Houve o anúncio, ainda, da antecipação do retorno para o setor de bares, restaurantes e lanchonetes. O processo de reabertura da economia foi dividido em 11 etapas, e tem se desenvolvido de acordo com os indicadores da saúde.
A partir da próxima segunda (22), além dos shopping centers abrindo em novos horários (12h às 20h) e com protocolos específicos e controle de fluxo, as lojas do varejo de rua com área acima de 200 m², sem limite de tamanho, também voltarão a funcionar. Neste caso, com horários das 9h às 18h, na Região Metropolitana do Recife. Sobre fluxo de pessoas, o cálculo é de 10 metros quadrados por cliente, o que significa, a grosso modo, 30% da capacidade de público nas áreas de circulação, como corredores. Dentro das lojas, 20 metros quadrados por cliente, como exigido para o comércio deste tipo.
Outra novidade é a antecipação em uma etapa, da sétima para a sexta, da abertura de bares, restaurantes e lanchonetes com 50% da sua capacidade. De acordo com o secretário de desenvolvimento econômico, Bruno Schwambach, ainda estão sendo desenvolvidos protocolos a este respeito. “É importante que as pessoas entendam que neste novo normal, como a gente tem chamado, pede uma mudança de hábitos. Há coisas que ainda não temos condições de permitir, por causa do risco à saúde. Por isso, estamos voltando gradualmente as atividades”, explica.
A construção civil, que estava operando com 50% de sua carga operacional desde o dia 8 de junho, a partir de segunda (22), funcionará com 100% do seu efetivo, tanto na Região Metropolitana do Recife (RMR) quanto nas cidades do Interior. Desde o início da retomada deste setor, foi descartada a ideia inicial do retorno no horário determinado das 9h às 18h, valendo o usual, de 7h às 17h. Os protocolos de uso de EPIs, distanciamento e alternância de horários continuam necessários.
Em relação ao turismo, o secretário destacou, ainda, que em nenhum momento houve a determinação de fechamento de hotéis e pousadas, mas que isto aconteceu devido ao próprio distanciamento social. “A gente sabe que esta situação acaba afastando os turistas, mas estamos fazendo esforços para abrir gradualmente as atividades, acompanhando dados de saúde, e com diálogo constante e aberto com o setor. Na próxima sexta (19), haverá um novo pronunciamento do governo em relação ao convívio social, o que que pode ajudar nesta flexibilização”, afirma.
Todas as orientações a respeito do funcionamento do comércio varejista e atacadista, construção civil, serviços médicos, salões de beleza, serviços de estética, concessionárias e empresas de locação estão disponíveis para consulta na internet, no site oficial www.pecontracoronavirus.pe.gov.br, na seção “protocolos setoriais para evitar a transmissão da Covid-19”.
Restrições em 85 municípios do interior do estado
Na semana passada, boa parte das cidades seguiu para a fase três, exceto 85 municípios da Zona da Mata e Agreste, regiões de Caruaru, Garanhuns, Palmares e Goiana, onde foi identificado o crescimento de contaminação e óbitos devido à Covid-19. De acordo com o secretário Bruno Schwambach, o comportamento da curva de contaminação nestes locais fez com que, nelas, o plano estacionasse. São localidades que permanecem seguindo as regras determinadas no calendário de flexibilização correspondente até o dia 10 de junho, quando voltaram a funcionar clínicas e consultórios médicos, odontológicos, fisioterapêuticos, psicológicos e veterinários.
Nas cidades enquadradas neste grupo, portanto, só estão autorizadas a operar lojas de material de construção e comércio atacadista (respeitando protocolos); delivery e drive thru do comércio varejista de rua e de shopping centers; construção civil com 50% de seu operacional e os serviços de saúde já relatados. Treinos de futebol profissional, no entanto, estão autorizados a acontecer.