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Setor já esperava prorrogação do fechamento do comércio

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Foto: Tânia Rêgo/Divulgação
Supermercados estão entre as atividades essenciais e continuam funcionando.

Com o objetivo de manter o isolamento social para combater a disseminação do coronavírus, o Governo de Pernambuco prorrogou, nesta sexta-feira, a suspensão das atividades do comércio não essencial no estado. As medidas ficam válidas até o dia 30 de abril, quando as ações serão reavaliadas. O primeiro anúncio sobre o fechamento foi feito no dia 20 de março e o decreto começou a valer desde o dia 22 do mês passado.

Segundo André Longo, secretário de Saúde de Pernambuco, a prorrogação faz parte do plano do governo do estado de manter o isolamento social para evitar uma maior disseminação do coronavírus. "Não há como haver uma recomendação diferente disso, estamos em franca expansão dos casos e mortes. É preciso que a gente mantenha medidas de isolamento e restrições até superar a fase de aceleração. O comportamento que vai de encontro às medidas sanitárias pode ser determinante para que a gente tenha um aumento no número de mortes nos próximos dias. Por isso, fazemos o apelo para a população ficar em casa. Só assim teremos um apoio ao sistema de saúde para conseguir salvar vidas", disse. Assim como no primeiro decreto, o comércio considerado essencial, como farmácias, supermercados, mercadinhos, padarias, casas de ração animal, depósitos de água e gás, bancos, casas lotéricas e postos de combustível, continua funcionando, levando em consideração o cumprimento das regras adotadas para cada um. Hospitais e serviços de abastecimento de água, gás, energia e internet também seguem funcionando. Também podem funcionar oficinas mecânicas, lojas de assistência técnica, lojas de defensivo e insumos agrícolas, lavanderias, serviços urgentes de manutenção predial e prevenção de incêndio, atividades decorrentes de contratos de obras particulares que estejam relacionadas à situação de emergência e atividades prestadas por concessionários de serviços públicos. Para Eduardo Catão, presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas de Pernambuco (FCDL-PE), o setor já previa a prorrogação do decreto de fechamento do comércio em função do aumento dos casos da Covid-19. "Hoje, por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), os prefeitos também têm autonomia para decretar quais são os serviços essenciais e muitos municípios do interior não têm casos confirmados. Os prefeitos sabem que podem liberar o comércio, mas depois pode acontecer os casos. A gente tem que preservar vidas. É difícil falar isso para quem tem um negócio, mas é preciso ter calma, não tem nada que pague uma vida", ressaltou. No retrospecto das medidas adotadas para o comércio do estado, shoppings, bares e restaurantes foram os primeiros serviços a terem as atividades suspensas. O anúncio foi feito no dia 19 de março e começou a valer dois dias depois. Porém, os serviços de delivery de comida são permitidos em todo o estado. Em nota, a Associação Pernambucana de Shoppings Centers (Apesce) informou que está monitorando o cenário, que o setor cumpre integralmente a lei e que estará pronto para funcionar assim que for definido, de acordo com as normas acordadas. Para regras específicas, tanto a prefeitura do Recife quanto a de Olinda, adotaram medidas mais rígidas para supermercados, bancos e casas lotéricas nesta semana. Para os supermercados, é preciso limitar a 50% da sua capacidade a entrada de pessoas nos estabelecimentos, além de só poder usar um terço do estacionamento, só poder ter uma pessoa por veículo e só poder entrar uma pessoa por família na loja. As unidades devem disponibilizar álcool em gel a 70 na entrada e nos caixas. Já nos bancos e casas lotéricas a determinação é que as instituições devem controlar as filas dentro e também na área externa, para que o distanciamento de um metro entre as pessoas seja cumprido.