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ICEI de Pernambuco despenca no mês de abril

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O resultado caiu 22,20 pontos entre abril e março deste ano e atingiu 36,7 pontos.
De acordo com o Índice de Confiança do Empresário da Indústria (ICEI) de Pernambuco – medido pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) –, o resultado caiu 22,20 pontos entre abril e março deste ano e atingiu 36,7 pontos. O número é o terceiro menor da série histórica, perdendo para os meses de setembro e outubro de 2015, quando os resultados chegaram a 34,7 pontos e a 33,4 pontos, respectivamente.
 
O economista da FIEPE, Cézar Andrade, atribui ao fato questões relacionadas ao isolamento e à diminuição do consumo. “Tudo isso tem gerado fluxos menores de mercadorias, queda na produtividade e retração nas receitas das empresas, o que explica o sentimento exposto pelos empresários do setor nessa pesquisa”, justificou, frisando que, apesar de a queda ter sido grande, é possível que as reduções de maio e de junho sejam ainda mais bruscas dado ao cenário de instabilidade e de imprevisibilidade da doença.
 
No levantamento, o indicador de condições atuais caiu 17,3 pontos entre março e abril, chegando a 35,8 pontos, e, em relação ao mesmo mês do ano anterior, a redução foi de 10,1 pontos. Quanto ao índice de expectativas, a mesma tendência de queda foi observada, fazendo com que o indicador registrasse menor diminuição, de 24,6 pontos, em relação a março deste ano, atingindo 37,2 pontos, e variação de 2,7 pontos em relação a abril de 2019. 

Além disso, avalia Andrade, a variação para baixo dos resultados de abril de 2020 indica que, nos próximos meses, a produção industrial pode cair e reforçar a lentidão da recuperação econômica, já que os investimentos empresariais serão quase nulos enquanto durar a pandemia e também nos primeiros meses pós pandemia. “Por isso, neste momento, cabem iniciativas dos governos para estimular a economia, como a flexibilização de crédito, a postergação de prazos para o pagamento de impostos e a injeção de recursos via bancos públicos”, avaliou Andrade.