Segundo Bianca Fragnani, que esteve nesta semana em Pernambuco, participando da Ficons 2018, no Centro de Convenções, e é gerente de marketing do grupo e neta do fundador, Valdemar Fragnani, a empresa, nascida em 1971, já começou a estudar as possibilidades para se instalar no Nordeste ou Norte e deve tomar uma decisão nos próximos meses. A demanda tem certa urgência, já que, em agosto, a companhia bateu recorde de vendas e seu estoque tem uma reserva de cerca de um mês. Representou um aumento de 15,84% de faturamento maior versus a média de janeiro a julho de 2018. Mais uma linha de produção está sendo iniciada na Bahia, mas não será o suficiente para o apetite demonstrado pelos consumidores da região, de acordo com Bianca.
A escolha do endereço para a nova fábrica depende dos benefícios fiscais nos quais serão oferecidos à empresa e a aproximação da matéria-prima para compensar o frete e, consequentemente, a produção. Os valores do futuro investimento a gestora diz que não são possível calcular, muito menos a geração de emprego, mas na Bahia o grupo gera 550 postos de trabalho.
“Fomos na contramão dessa crise e crescemos nos últimos anos. Parte desse mérito é do Nordeste, porque foi aqui onde sentimos as empresas reagirem primeiro e Pernambuco, com certeza, foi muito importante nisso”, destaca Bianca, contando que o grupo divide o escoamento de sua produção entre exportação (mais de 50 países, sobretudo América Latina e África), construtoras, home centers e armazéns de varejo. A Fragnani é também, através da sua marca Incenor, a maior fornecedora de cerâmica do programa Minha Casa Minha Vida.