Para a Vigilância Sanitária e o Programa de Proteção e Orientação ao Consumidor (Procon), a preocupação nos dias pós-paralisação, além dos preços abusivos, é com a qualidade dos alimentos perecíveis que estão sendo colocados à venda nos supermercados, feiras e padarias de Pernambuco. Isso porque muitos caminhões com mercadorias desse tipo ficaram presos nos bloqueios das estradas locais, tornando o cenário de conservação dos produtos bem duvidoso.
Ontem, tanto a Vigilância Sanitária de Jaboatão dos Guararapes, quanto a do Recife, emitiram notas aos empreendedores do setor para maior atenção aos produtos que estão indo às prateleiras, principalmente nos segmentos de carnes, frutas, verduras, pães, ovos e lacticínios.
Para o consumidor, as indicações começam no cuidado ao olhar a data de validade, na observação da embalagem e chegam até as denúncias que devem ser feitas aos respectivos órgãos em caso de irregularidades.
“O primeiro ponto que exige atenção especial é nas datas de validade, até mesmo de grãos como feijão e arroz. Tudo deve ser conferido. Em segundo lugar, é preciso olhar como está a embalagem e o gelo da embalagem. Quando um alimento é congelado de forma industrial, ele não apresenta nem cristais de gelo dentro e nem colados do lado externo da embalagem”, explica Vânia Freitas, superintendente da Vigilância Sanitária de Jaboatão dos Guararapes.
Segundo ela, outro ponto que deve ser um alerta aos consumidores são os selos. Todo produto de origem animal, inclusive leite, mel, ovos e derivados, devem apresentar o Selo de Serviço de Inspeção Federal (SIF) ou do Serviço de Inspeção Estadual (SIE).
Para Daniele Feitosa, gerente da Vigilância Sanitária do Recife, outro cuidado é com a textura das embalagens. “É algo que muita gente não avalia. Mas uma embalagem mais mole, como se tivesse sido molhada, com o papelão muito flexível, já indica que o alimento foi descongelado em algum momento entre a fábrica e o balcão”, aponta.
Como identificar problemas de conservação
Carnes