Oito navios estão na área de fundeio na manhã desta sexta-feira, número considerado normal. Até o momento, nenhum navio deixou de atracar. Em poucos dias, no entanto, se não houver evolução nas negociações com os manifestantes, novos navios poderão ser impedidos de atracar devido à indisponibilidade de área para armazenagem ou falta de carga para embarque. No momento, 1,8 mil veículos importados estão no Pátio Público de Veículos 1 e não foram escoados via rodoviária.
O Terminal de Contêineres (Tecon Suape) paralisou a movimentação entre terminais desde terça-feira e não faz nenhuma movimentação rodoviária desde então. Um volume de aproximadamente 5 mil TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) está parado nas dependências da empresa, por falta de escoamento. Na manhã desta sexta-feira, um navio estava atracado realizando operação de contêineres.
Até o momento a escala de chegada de navios no Tecon está mantida, já que a operação portuária de retirada dos contêineres não foi afetada. Apenas os equipamentos de terra estão comprometidos por falta de óleo combustível. O armazém e o pátio da Localfrio, que também opera contêineres, estão com volumes críticos em razão da ocupação.
O óleo combustível utilizado em geradores convencionais de escolas, postos de saúde, hospitais e afins continua com dificuldades de escoamento, em razão de bloqueios existentes nas rodovias e de disponibilidade de transportadoras e caminhoneiros. Gasolina e etanol também não estão deixando os terminais, comprometendo o abastecimento dos postos em toda a região.
Termoelétricas como a Suape Energia e Pernambuco 3 recebem óleo combustível por via rodoviária e poderão ter seu abastecimento comprometido se o desabastecimento persistir. A Bunge Moinho, que armazena trigo, está com os silos praticamente cheios. Consequentemente, também não estão realizando a distribuição para padarias e indústrias.