“O ativo vai ser privatizado de qualquer jeito porque a Petrobras já mostrou no plano de desinvestimentos que não tem interesse no refino e vai se voltar para a extração do petróleo. Mas vender agora é saber que o ativo vai ter que ficar muito barato, pelo conjunto de incertezas em torno dele”, explica. “Outro fator é que, para obter a operação plena da refinaria Abreu e Lima, vai ser preciso investir para concluir o Trem 2
A sugestão do especialista para valorizar o ativo é recuperá-lo antes de vendê-lo. “Uma PPP, por exemplo, seria uma opção. Desmembra a Rnest, cria uma Pessoa Jurídica para concluir o trem 2, convoca fundos de investimentos e construtoras para captalizar a construção e coloca a operação para rodar 100%. Isso vai colocar o ativo em outro patamar, mais estruturado e valorizado para ser vendido. O problema é a política, que deixa a Petrobras vulnerável. Além disso, a verdade é que a Petrobras quer fazer caixa, mas também quer se livrar de Abreu e Lima, como ocorre com o caso Pasadena, nos Estados Unidos. Se livrar de prejuízos, problemas fiscais, judiciais, entre outros problemas”, detalhou.