{{channel}}
Crise afeta mercado imobiliário no período do carnaval de Olinda
Apesar do secretário de Turismo afirmar que as casas disponíveis para aluguel estão longe do foco da folia, corretores de imóveis provam que a história é outra

É ponto pacífico que a proibição da instalação de casas-camarotes teve um impacto direto em uma parcela dos imóveis que costumava ser ocupado em anos anteriores. “O que posso dizer é que as casas que sobraram foram as localizadas em pontos não tão centrais ou as mais caras. Teve uma na Prudente de Moraes que o proprietário estava cobrando R$ 50 mil, por exemplo. Essa não foi alugada”, exemplificou Maurício Falcão. “Com a crise, realmente mudou esse perfil. Os empresários procuram imóveis mais baratos para se adaptar à nova realidade”, acrescentou. Tanto que muitas das casas que abrigaram grandes camarotes até 2014 nem chegaram a ser disponibilizadas para aluguel este ano.
O corretor Otávio Cardoso também vive a expectativa de fechar um negócio nos últimos dias antes do início da folia. Com casas para alugar na rua São Bento, ele discorda da tese apresentada pelo secretário de que a localização dos imóveis tem relação com a baixa procura. “Não tem isso. Estou com imóveis quase em frente à Prefeitura e ainda não encontrei quem as alugue. A verdade é que este ano está fraco mesmo. Quem alugou foi por valores muito mais baixos. Pra se ter uma ideia, quem alugou casas com capacidade para 20 pessoas ano passado recebeu entre R$ 10 mil e até R$ 15 mil. Esse ano tem gente alugando por R$ 7 mil.”
Estreante neste mercado imobiliário, o empresário Gean Pintan também reclama do movimento. Ele comprou uma casa no Varadouro ano passado, reformou o imóvel e agora vem fazendo o que pode para diminuir o prejuízo. “Reformei os dois andares e comecei pedindo R$ 11 mil. Depois de um mês ouvindo ‘não’, baixei para R$ 8 mil. Agora, já estou aceitando até se me oferecerem R$ 6 mil.”