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Mercado já vê 2016 perdido
Analistas projetam queda de 1,7% para o PIB em 2105 e avanço de apenas 0,33% no ano que vem. Inflação não dará trégua
O pessimismo do mercado financeiro com o desempenho da economia continua aumentando. Os economistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central para o Boletim Focus elevaram a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 para 1,7% —um salto significativo frente à projeção anterior, de 1,5%. A expectativa para 2016 também piorou: na semana passada, os analistas previam crescimento de 0,50%; ontem, a aposta caiu para 0,33%.
Apesar da fraqueza da atividade econômica, o mercado não vê a inflação dando trégua neste ano. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu pela 14ª vez seguida, de 9,12% para 9,15%.
“O que os números estão mostrando é a continuidade no processo de estagflação”, avaliou José Luís Oreiro, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para ele, a alta da IPCA reflete o choque do realinhamento de tarifas que, apesar do crescimento baixo da economia, ainda não permitiu que a inflação cedesse. Outra razão seria a inflação de serviços, que só cairá com o aumento ainda maior do desemprego.
Os analistas esperam, no entanto, um comportamento melhor da inflação no próximo ano. A previsão de alta do IPCA em 2016 recuou de 5,44% para 5,40%. Também diminuiu a estimativa para 2017, de 4,70% para 4,60%. De qualquer modo, segundo a pesquisa, o Banco Central não alcançará o objetivo de atingir o centro da meta, de 4,5%, antes de 2018.
Juros
Apesar dos sinais de que a economia está cada vez mais fraca, o mercado aposta que a autoridade monetária continuará aumentando a taxa básica de juros, que alcançaria 14,5% ao ano no fim de 2015. Atualmente, a Selic está em 13,75%.
A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcada para os dias 28 e 29 deste mês.
Oreiro avalia que o crescimento da economia não será possível com a políticas monetária e fiscal contracionistas adotada pelo governo, aliadas às investigações da Operação Lava-Jato. Ao contrário da pesquisa Focus que ainda prevê um crescimento no próximo ano, o professor da UFRJ projeta uma retração de 0,50%. “2016 será um ano de juro e desemprego altos”, disse ele.
Apesar da fraqueza da atividade econômica, o mercado não vê a inflação dando trégua neste ano. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu pela 14ª vez seguida, de 9,12% para 9,15%.
“O que os números estão mostrando é a continuidade no processo de estagflação”, avaliou José Luís Oreiro, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para ele, a alta da IPCA reflete o choque do realinhamento de tarifas que, apesar do crescimento baixo da economia, ainda não permitiu que a inflação cedesse. Outra razão seria a inflação de serviços, que só cairá com o aumento ainda maior do desemprego.
Os analistas esperam, no entanto, um comportamento melhor da inflação no próximo ano. A previsão de alta do IPCA em 2016 recuou de 5,44% para 5,40%. Também diminuiu a estimativa para 2017, de 4,70% para 4,60%. De qualquer modo, segundo a pesquisa, o Banco Central não alcançará o objetivo de atingir o centro da meta, de 4,5%, antes de 2018.
Juros
Apesar dos sinais de que a economia está cada vez mais fraca, o mercado aposta que a autoridade monetária continuará aumentando a taxa básica de juros, que alcançaria 14,5% ao ano no fim de 2015. Atualmente, a Selic está em 13,75%.
A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcada para os dias 28 e 29 deste mês.
Oreiro avalia que o crescimento da economia não será possível com a políticas monetária e fiscal contracionistas adotada pelo governo, aliadas às investigações da Operação Lava-Jato. Ao contrário da pesquisa Focus que ainda prevê um crescimento no próximo ano, o professor da UFRJ projeta uma retração de 0,50%. “2016 será um ano de juro e desemprego altos”, disse ele.