LITERATURA
Em livro, mulheres de diferentes áreas investigam conceitos de violência
Terceiro volume de "'Violências: Dos Antigos Hábitos às Novas Formas" aborda diversas formas de opressãoPublicado em: 02/04/2025 18:18 | Atualizado em: 02/04/2025 20:07
![]() |
Andréa Keust, juíza no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) 6ª Região, coordenou projeto (Fotos: Arquivo Pessoal e Reprodução) |
A violência é um fenômeno tão amplo e complexo quanto a dor que provoca. É justamente para desvendar essas múltiplas facetas que 14 mulheres se reuniram para escrever o terceiro volume de Violências: Dos Antigos Hábitos às Novas Formas, com um olhar especial sobre as opressões contemporâneas sofridas por mulheres, adolescentes e crianças. Luciana Santos, ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, assina o prefácio.
Dividido em 12 artigos e mais de 200 páginas, o livro decodifica a arquitetura da violência de gênero em suas diversas dimensões: física, psicológica, digital, institucional e laboral.
"As violências se sofisticam à medida que a sociedade evolui. Com o avanço dos estudos, foi possível identificar características específicas de cada tipo, especialmente os assédios", observa Andréa Keust, juíza no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) 6ª Região e uma das coordenadoras da obra.
"Cada chamada de artigo tem uma peça do quebra-cabeça, trazendo uma mensagem única. Juntas, elas se complementam e formam o mosaico das violências", explica a autora.
Ela destaca que estruturas opressivas permanecem longe de serem erradicadas, apesar dos esforços de parte da humanidade para combatê-las. "Sempre existiram, e mesmo com avanços tecnológicos e o aprofundamento do conhecimento sobre o macro e o microcosmo, ainda lutamos por direitos fundamentais, como a igualdade de gênero e de oportunidades", lamenta.