A Polícia Militar do Rio de Janeiro abordou e apontou armas para três filhos de diplomatas negros de 13 e 14 anos durante abordagem em Ipanema. Nas redes sociais, a mãe de um dos meninos apontou racismo na ação, que envolveu adolescentes do Gabão, Burkina Faso, Canadá e outro menor de idade branco.
"As imagens, os testemunhos e o relato das crianças são claros! Não há dúvida! A abordagem foi racial e criminosa. Há anos frequentamos o Rio e nunca presenciei nada parecido no quadradinho de Ipanema com meus filhos. É um lugar aparentemente seguro. Depende pra quem", disse Raiana Rondhon.
A Polícia Civil investiga se houve racismo ou injúria racial na ação dos policiais militares. Em nota enviada ao Correio, a Polícia Militar informou que os policiais envolvidos na ação portavam câmeras corporais e as imagens serão analisadas para constatar se houve algum excesso por parte dos agentes.
"Em todos os cursos de formação, a Secretaria de Estado de Polícia Militar insere nas grades curriculares como prioridade absoluta disciplinas como Direitos Humanos, Ética, Direito Constitucional e Leis Especiais para as praças e oficiais que integram o efetivo da Corporação", disse a corporação.
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Itamaraty pede desculpas
O Ministério das Relações Exteriores informou que recebeu, na manhã desta sexta-feira (5/7), os embaixadores do Gabão e de Burkina Faso em Brasília. "Na reunião, foi entregue nota verbal com um pedido formal de desculpas pelo lado brasileiro, e o anúncio de que o Ministério de Relações Exteriores acionará o governo do estado do Rio de Janeiro, solicitando apuração rigorosa e responsabilização adequada dos policiais envolvidos na abordagem. Nota de teor idêntico será entregue em mãos, ainda hoje, ao Embaixador do Canadá", frisou o Itamaraty.
Confira as informações no Correio Braziliense.
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