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Dia de Santa Edwiges: saiba por que ela é a padroeira dos endividados
Entenda o motivo de Santa Edwiges ser considerada a padroeira dos endividados
Nesta segunda-feira (16/10), é celebrado o dia de Santa Edwiges, considerada pelos católicos a padroeira dos endividados. Saiba o motivo de ela ser chamada assim:
Ao se casar aos 12 anos de idade, com Henrique, duque europeu, a então princesa da Silésia, país de Lebuska, atual Polônia, Edwiges, educada no Catolicismo, deparou-se com uma situação completamente diferente da que estava acostumada a conviver – seu marido, irmão de clérigo, mal sabia rezar.
Cristã, a esposa de Henrique logo tomou a educação religiosa de seu marido, preparando o caminho da paz em sua casa para a chegada de seus seis filhos – Henrique, Conrado, Boleslau, Inês, Sofia e Gertrudes.
Mas, suas devoções não terminavam em seus horários de missa ou de oração. Entre as prolongadas ausências do marido, que saía a lutar nas guerras que dizimavam vidas e era freqüente naquele período da humanidade, Edwiges aproveitava para visitar famílias nas maiores condições de miséria e buscar o socorro para cada uma delas.
Nessas visitas, descobriu que os maiores problemas que as famílias enfrentavam estavam relacionados à falta de dinheiro. Lavradores, pequenos sitiantes precisavam pagar uma quantia aos proprietários da terra que trabalhavam, sobre a colheita que deveriam ter.
Essa colheita sempre era menor do que o esperado devido ao inverno rigoroso e as intempéries do clima do lugar. Sem ter como pagar as dívidas, os lavradores eram presos e suas famílias ficavam abandonadas, sem ter a quem recorrer.
Muitas vezes, as mulheres se prostituíam para poder sustentar seus filhos, ou vagavam pelas ruas, à mercê da quase inexistente caridade pública, sendo humilhadas e maltratadas pelos moradores que tinham condições de sobreviver.
Edwiges, então, usava o dinheiro de seu dote, a quantia que lhe foi dada na época de seu casamento, mas que seu marido não quis utilizar, para pagar as dívidas dos presidiários e ajudá-los a recomeçarem suas vidas.
Preocupada com a situação das mulheres que perdiam seus maridos nas guerras e viam-se a mercê da sorte, expostas a estupros e todo tipo de maldade humana, passou a construir em pequenos vilarejos, conventos para abrigar viúvas e órfãos.
Depois de perder dois de seus filhos precocemente e, por último, seu marido, Edwiges retirou-se para o convento de Trébnitz e ali viveu, em jejum e oração até sua morte, aos 69 anos de idade.
Sua fé foi motivo de muitos pedidos dos que viveram próximos a ela, depois de sua morte e, com vários milagres comprovados, a Igreja Católica a declarou santa em 1.267, 24 anos após a sua morte.
Até hoje, seu corpo é venerado no Convento de Trébnitz, na Polônia, e existem igrejas no mundo inteiro dedicadas à santa. As informações são da Paróquia Santuário Santa Edwiges, da Arquidiocese de São Paulo.