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Estátua de Ogum é depredada na Praça dos Orixás em Brasília
Cacos de vidro no chão, fibras despedaçadas e pedaços de esculturas carbonizados. Na noite desta quinta-feira (26), pessoas que passavam pela Praça dos Orixás, na prainha do Lago Paranoá, em Brasília, encontraram uma das esculturas que representam os orixás africanos, depredada. A estátua do orixá Ogum caiu do pedestal após ser incendiada.
A inauguração do espaço, com 16 monumentos, foi feita em 2000 e, desde então, ataques às estátuas são comuns, muitas vezes motivados por intolerância religiosa. A imagem de Oxalá, por exemplo, foi incendiada no ano-novo de 2015. Para a vice-presidente da comissão de liberdade religiosa da OAB, Patricia Zapponi, falta zelo por parte do Estado. "Não é de hoje que ocorre as depredações da Praça dos Orixás. O espaço é alvo recorrente de vândalos e não há nenhum zelo por parte do Estado para a manutenção e cuidado com o espaço", destaca.
Para ela, é preciso que o governo invista na Praça dos Orixás, que foi declarada patrimônio imaterial do DF, em 2018, por decisão unânime do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do DF (Condepac). "Que fosse feita a manutenção da praça para a realização de apresentação de congada, feira afro com comidas típicas e artigos da cultura africana", cita.