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SP libera 2ª dose da Pfizer para grávidas que tomaram a 1ª dose da AstraZeneca

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O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (21/7) que as grávidas que tomaram a primeira dose da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca/Oxford poderão tomar a segunda dose da vacina da Pfizer, já que a vacina da AstraZeneca não deve ser mais aplicada neste grupo de mulheres desde a observação de um evento adverso grave com uma grávida vacinada com o imunizante. 

"A partir do dia 23 de julho, sexta feira, todas aquelas gestantes que receberam a primeira dose da vacina da AstraZeneca, de acordo com uma deliberação bipartite, podem ser vacinadas com a segunda dose da Pfizer", informou a coordenadora-geral do Programa Estadual de Imunização de SP, Regiane de Paula, durante coletiva de imprensa.

Segundo Regiane, a orientação é para que estas gestantes que receberam a primeira dose da AstraZeneca verifiquem o cartão vacinal e, na data indicada para tomar a segunda dose do imunizante, voltem ao posto de saúde para tomar a dose da vacina da Pfizer. Dados expostos durante a coletiva apontam que 9 mil gestantes do estado de São Paulo tomaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca.

A recomendação do estado, entretanto, é contrária à do Ministério da Saúde, que instruiu que grávidas que tivessem recebido a vacina de Oxford devem esperar para tomar a segunda dose da mesma vacina após 45 dias após o parto e, com isso, completar o esquema vacinal.

No início deste mês, em coletiva de imprensa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, alertou que ainda não é seguro determinar a aplicação de uma segunda dose de vacina de outra marca nestas mulheres. “Não há evidência científica acerca de intercambialidade de vacinas em gestantes. Portanto, vamos manter a orientação do Programa Nacional de Imunização (PNI)”, disse o ministro, que ainda pediu para que os secretários municipais e estaduais de Saúde não modifiquem as orientações do PNI “por conta própria”.


No entanto, a recomendação do Ministério da Saúde não é consenso entre especialistas e estados. No estado do Rio de Janeiro a recomendação também diferente da do governo federal. Assim como em São Paulo, as gestantes e mulheres que tiveram bebês há até 45 dias e que tomaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca poderão completar o esquema vacinal com a segunda dose da Pfizer.