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Covid-19: Anvisa ajusta regras contra nova cepa; veja medidas

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Diante da possibilidade da explosão de uma terceira onda da pandemia do novo coronavírus, e da chegada de novas variantes no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vem promovendo reuniões técnicas com as vigilâncias em saúde dos estados e municípios e com companhias aéreas para intensificar e ajustar fluxos e medidas de restrição que contenham a circulação de novas variantes do novo coronavírus. A ideia é adotar critérios para a quarentena de viajantes procedentes ou com passagem pelo Reino Unido, pela África do Sul e pela Índia.

Dessa forma, os viajantes sujeitos à quarentena seriam encaminhados a locais específicos para quarentena. Estados e municípios também poderão aplicar medidas sanitárias adicionais em ambientes nos quais a Anvisa não possui competência legal de atuação, como rodoviárias e rodovias.

Marcelo Gomes, pesquisador e coordenador do Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz, ressaltou a importância de medidas restritivas nos portos e aeroportos. “É necessária uma vigilância rigorosa nas fronteiras, adotar medidas como triagem, isolamento, quarentena, testes prévios. É preciso entender, também, que os testes podem dar falso negativo”, salientou.

Voos
Ele chamou a atenção, ainda, para a necessidade de uma cautela em relação aos voos vindos de todos os lugares. “Devemos lembrar que não são só pessoas da Índia que podem trazer a cepa para o país. O primeiro contaminado brasileiro não veio da China e, sim, da Europa”, observou.

Em depoimento, ontem, à CPI da Covid, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, avaliou que “tudo indica” que o país possa ter um recrudescimento da pandemia. Segundo ele, o aumento no número de casos será “turbinado” por variantes da doença.

A análise de Dimas veio após o vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), perguntar se ele concordava com uma fala do presidente Jair Bolsonaro de que o país estava “no final da pandemia”. Dimas discordou e disse que “ainda estaremos lutando contra a pandemia nos próximos anos”.

“Essa pandemia ainda vai persistir durante 2021, ainda vamos lutar com ela em 2021, quiçá no começo de 2022”, explicou, salientando que, mesmo com a vacinação, ainda pode haver a necessidade de haver um reforço vacinal contra Covid-19.