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'Não pode injetar qualquer coisa nas pessoas', diz Bolsonaro sobre vacina da Covid-19

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Foto: Ed Alves/Correio Braziliense/DA Press
Presidente voltou a dizer que ninguém pode ser obrigado a tomar vacina
O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar, nesta terça-feira (8), que não se pode obrigar as pessoas a tomarem a vacina contra a Covid-19, quando esta estiver disponível. A declaração contraria uma lei sancionada por ele, em fevereiro deste ano, que prevê a imunização compulsória como medida de enfrentamento à pandemia, que já deixou quase 130 mil mortos e mais de 400 milhões de infectados no Brasil. 

A fala do presidente da República também vai de encontro ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que também torna "obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias".

"Mesmo tendo comprovação científica lá fora, (a vacina) tem umas etapas a serem cumpridas aqui", afirmou Bolsonaro referindo ao processo de liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 

"A gente não pode injetar qualquer coisa nas pessoas e muito menos obrigar. Eu falei outro dia 'ninguém vai ser obrigado a tomar vacina' e todo mundo caiu na minha cabeça", completou o presidente, que participava de um encontro com um grupo de médicos entusiastas da hidroxicloroquina, substância sem eficácia comprovada para o tratamento da Covid-19. 

Na semana passada, o presidente já havia delcarado que "ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina", em resposta a uma apoiadora que pediu a não liberação da imunização no Brasil. A fala de Bolsonaro também foi replicadada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) através de campanha publicada nas redes sociais.