{{channel}}
Após acusação de racismo, cervejaria em SP tira de site rótulo com ilustração de mulher escravizada
Uma semana após a fabricante de produtos de limpeza Bombril virar assunto nas redes sociais com a esponja de aço Krespinha, foi a vez de uma cervejaria artesanal paulistana ser acusada de racismo por internautas.
A Cafuza, rótulo da cervejaria Dogma, traz uma ilustração com uma mulher negra escravizada. O produto foi retirado do ar 2 horas após virar assunto no Twitter. A cerveja está indisponível em todas as lojas terceirizadas.
Em sem perfil nas redes sociais, a artista brasileira Marina Amaral denunciou o caso. "Vocês se lembram dessa foto tirada pelo Alberto Henschel que eu restaurei e colorizei? Pois é, alguém achou que seria uma boa ideia transformar o rosto dessa mulher escravizada, violentada, explorada e subjugada em imagem ilustrativa de lata de cerveja", escreveu Amaral.
Após cobranças de usuários na conta do Instagram da cervejaria há uma semana, a empresa justificou que o rótulo foi feito há muito tempo. De acordo a resposta, o rótulo deixou de ser produzido no início de 2019 e que, caso volte a ser produzida, terá embalagem modificada.
A fotografia foi tirada pelo imigrante alemão Alberto Henschel em 1869, um dos empresários responsáveis por difundir a fotografia no Brasil no século 19 e por retratar a escravidão e a família imperial. O retrato faz parte do acervo Leibniz-Institut für Länderkunde em Leipzig, na Alemanha.
A cervejaria artesanal paulistana foi fundada em 2015 e chegou a ser eleita a melhor cervejaria brasileira de 2015, 2017 e 2018 pelo RateBeer, site de avaliação especializado na bebida.