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Inundações e incêndios causam mortes e feridos na Europa

O continente enfrenta os extremos climáticos

Por Isabel Alvarez

Bombeiro trabalha no combate ao incêndio florestal em Portugal

A Europa enfrenta os extremos climáticos, com tempestades e incêndios em pontos distintos do continente.

Na Alemanha, três pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas, alguns em estado grave, vítimas do descarrilamento de um trem em Riedlingen, perto de Biberach, no sudoeste do país. As autoridades locais indicam que o acidente foi causado pelas fortes chuvas que assolam a região, que provocou um deslizamento de terras no aterro que ladeia a linha férrea. As operações de resgate demoraram várias horas e o tráfego na linha ferroviária continua suspenso. Os trabalhos de limpeza só deverão começar amanhã (29).

Também na Romênia houve o registro de uma morte devido às cheias que está atingido o norte do país. Dois rios transbordaram e as inundações destruíram dezenas de casas. Há estradas cortadas por causa dos destroços e diversas pessoas precisaram ser resgatadas dentro dos carros.

Além disso, quase mil moradores tiveram que ser retirados de suas casas. Para as próximas horas, há previsão de mais chuva forte na região.

Mas, outros países da Europa estão enfrentando extensos incêndios florestais. Em Portugal, na cidade de Alvarenga, unicípio de Arouca, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil comunicou um incêndio florestal que está descontrolado, mas que até o momento não há registro de habitações em perigo. Na cidade portuguesa de Ponte da Barca, em Viana do Castelo, na região norte, o fogo está com duas frentes ativas e intensas. As equipes buscam controlar a situação, no entanto ainda não é necessário retirar a população das suas residências.

Enquanto isso, após a Grécia sofrer com vários incêndios, principalmente na ilha de Creta, a Bulgária e Albânia também pediram ajuda europeia de serviços aéreos emergenciais para combater as chamas.

Os bombeiros albaneses estão a enfrentar inúmeras frentes de incêndio devido à intensa onda de calor. Os incêndios florestais estão sendo deflagrados em muitas zonas do país, mas os principais problemas se concentram na área sudoeste. Os danos já incluem casas e milhares de hectares que queimaram. Mais de mil bombeiros e unidades de emergência estão envolvidos nas operações de combate aos incêndios. Os meios aéreos húngaros, croatas e italianos estão ajudando nos trabalhos de extinção, uma vez que o governo de Tirana pediu assistência ao Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

Já a Bulgária enfrenta mais de 230 incêndios florestais e a União Europeia enviou quatro helicópteros e dois aviões para combater as múltiplas frentes. 11 regiões foram declaradas em alerta vermelho ocasionada pelas elevadas temperaturas. Dezenas de casas foram queimadas e milhares de hectares de floresta foram incendiados.

Nas últimas semanas, os incêndios florestais em muitos países europeus forçou centenas de pessoas a abandonar as suas casas e causaram três mortos na Turquia, além de obrigar o fechamento de estabelecimentos na Catalunha, levaram a evacuações em massa em Creta e provocaram estragos na cidade francesa de Marselha

"Podemos ver que este ano está sendo bastante extremo", explica Sarah Carter, investigadora associada da Global Forest Watch.

Os peritos do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS) também disseram que ondas de calor, seca e má gestão florestal já queimou cerca de 232 mil hectares de terras europeias este ano. O EFFIS aponta que é uma área quase do tamanho de Luxemburgo, sendo 119% acima da média de longo prazo de 105 586 hectares para este período do ano.