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União Europeia aprova um amplo pacote de sanções contra a Rússia

Pacote de sanções contra a Rússia só foi aprovado após Eslováquia suspender veto às novas medidas

Por Isabel Alvarez

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa durante uma sessão plenária no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, em 9 de julho de 2025. Em 7 de julho de 2025, Von der Leyen rejeitou uma moção de censura patrocinada pela extrema direita contra ela, classificando-a como uma tentativa, carregada de teorias da conspiração, de minar a unidade europeia, antes de uma votação que lança um novo escrutínio sobre sua liderança. A rara contestação praticamente não tem chance de destituir a presidente conservadora da Comissão Europeia na votação a ser realizada em 10 de julho de 2025. (Foto de Jean-Christophe VERHAEGEN / AFP)

A Rússia, tendo sido aprovado só depois que a Eslováquia suspendeu o seu veto às novas medidas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou o acordo do bloco e afirma que o novo pacote ataca o coração da máquina de guerra russa e abrange um novo teto para o preço do petróleo. O G7 tenta impor um limite de preço para as compras de petróleo russo desde dezembro de 2022. O objetivo é proibir o comércio de petróleo bruto russo comprado a preços mais altos, proibindo empresas de transporte de movimentar navios-tanque que transportam esse petróleo. No entanto, a Rússia conseguiu, até o momento, vender a maior parte do petróleo acima desse limite máximo.

O conjunto de ações inclui medidas destinadas a afetar a indústria petrolífera e energética russa e as sanções proíbem transações relacionadas com o gasoduto russo Nord Stream. Também sanciona ações contra o setor bancário russo e limita o acesso dos bancos russos a financiamento além de bloquear a exportação de tecnologia usada em drones. A alta representante pela diplomacia e a política externa européia, Kaja Kallas, declarou que é um dos maiores pacotes de sanções aplicados à Rússia e acrescentou que as medidas englobam bancos chineses que permitem a evasão russa às sanções.

“As sanções ainda visam 105 navios da frota fantasma da Rússia”, acrescentou Kallas, se referindo ao termo usado pelo ocidente para embarcações russas para contornar sanções ao petróleo.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que chegam num bom momento e que a decisão é essencial e oportuna, uma vez que as focas russas intensificaram os ataques aéreos contra várias cidades ucranianas.

Por outro lado, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, respondeu garantindo que Moscou construiu certa imunidade às sanções ocidentais e se adaptou a elas. Peskov classificou as sanções como ilegais e indicou que cada nova restrição cria consequências negativas para os países que as apoiaram.

A porta-voz do Ministério russo das Relações Exteriores reforçou que ameaçar com sanções e maior apoio militar a Kiev serve, apenas, para que a Ucrânia recuse a paz. Além disso, a Rússia também recusa as ameaças e ultimatos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que o Kremlin ceda a um acordo de cessar-fogo na Ucrânia.