Trump promete fazer declaração importante sobre a Rússia em breve
Trump ainda disse em entrevista a NBC News que está desiludido com a Rússia em relação ao conflito na Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu hoje que irá fazer uma declaração importante sobre a Rússia na próxima segunda-feira, mas não adiantou detalhes. Trump ainda disse em entrevista a NBC News que está desiludido com a Rússia em relação ao conflito na Ucrânia.
“Acho que vou ter uma declaração importante a fazer sobre a Rússia na segunda-feira”, avançou.
Trump também anunciou um novo acordo que envolve os EUA, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a Ucrânia, que abrange o envio de armas norte-americanas para Kiev.
“Estamos enviando armas para a OTAN, que está pagando por essas armas, a 100%. A OTAN vai reembolsar o custo total delas. Assim, as armas que estão saindo vão para a aliança militar que depois vai dá-las à Ucrânia", explicou Trump.
Segundo o líder dos EUA, este acordo foi finalizado durante a cúpula da Aliança Atlântica no mês passado.
Já o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que a Rússia aguarda pelo grande anúncio de Donald Trump. Quanto à entrega de armamento dos EUA à Ucrânia, via OTAN, Peskov assegurou que são apenas negócios.
Projeto de lei de pesadas sanções à Rússia
Por outro lado, os congressistas norte-americanos apresentaram na quinta-feira (10) aos aliados europeus e à Ucrânia o projeto de um novo pacote bipartidário de sanções norte-americanas à Rússia, visando concentrar esforços para induzir Moscou negociar a paz.
O projeto de lei apoiado pelo senador republicano Lindsey Graham e pelo senador democrata Richard Blumenthal contempla uma tarifa de 500% sobre os produtos importados de países que continuam a comprar da Rússia petróleo, gás, urânio e outros produtos, atingindo países como a China e a Índia, que representam cerca de 70% do comércio de energia russo e financiam grande parte do seu esforço de guerra.
Graham e Blumenthal disseram que esperam que levar o projeto para a votação no Senado antes da suspensão dos trabalhos em agosto e que isso forneceria a Trump as ferramentas e a flexibilidade que precisa para forçar o presidente russo, Vladimir Putin, a negociar o fim da guerra. "Estamos indo atrás da base de clientes de Putin. E é com isso que os europeus, penso eu, estão mais satisfeitos. Penso que demos à Ucrânia e aos europeus o incentivo de que os Estados Unidos e o Congresso estão envolvidos de forma bipartidária. Queremos dar poder ao presidente para levar Putin à mesa das negociações e com ferramentas que não tem hoje", avaliou Graham.
"Esta não é apenas uma espécie de continuação da nossa estratégia atual. É um verdadeiro ponto de viragem. É uma verdadeira mudança de jogo porque diz a Putin que vamos atingi-lo mesmo onde dói”, apontou Blumenthal.
O Congresso está preparado para agir sobre a legislação, que tem um apoio bipartidário esmagador no Senado, mas está à espera de luz verde de Trump, que, até agora, manifestou algumas reservas.
Enquanto isso, Trump quer autoridade total sobre o processo para suspender sanções, tarifas ou outras penalizações, sem ter de ceder ao controle do Congresso.
Por isso, de acordo com esse projeto de lei inicial, o presidente pode terminar as penalizações em determinadas circunstâncias, e voltar a impô-las imediatamente se as violações forem retomadas. O líder da maioria republicana no Senado, John Thune e o presidente do Congresso, Mike Johnson, já sinalizaram estar prontos para avançar com essa legislação.