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Alvo de mandado de prisão do TPI, Putin não viajará para cúpula do Brics no Brasil

O presidente russo está sob ordem de prisão do TPI desde 2023, por suspeitas de deportação ilegal de crianças ucranianas para a Rússia

Por AFP

Vladimir Putin, presidente da Rússia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), não viajará para a reunião de cúpula do Brics no início de julho no Brasil, anunciou o Kremlin nesta quarta-feira (25), que confirmou a presença do chefe da diplomacia.

"O presidente participará por videoconferência, mas o ministro das Relações Exteriores (Sergey Lavrov) estará presente no Brasil", declarou o conselheiro diplomático do chefe de Estado russo, Yuri Ushakov.

"Isto se deve a algumas dificuldades no contexto dos requisitos do TPI", que tem sede em Haia, acrescentou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou seu homólogo russo para a cúpula do grupo de 10 países emergentes.

Putin, no entanto, está sob ordem de prisão do TPI desde 2023, por suspeitas de deportação ilegal de crianças ucranianas para a Rússia. Moscou nega as acusações.

O Brasil é membro do TPI e, portanto, seria obrigado a executar o mandado de prisão contra Putin caso ele viajasse para a reunião de cúpula.

A Rússia é membro fundador do Brics, um bloco formado por Brasil, Índia, China e África do Sul, ao qual também se uniram Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã, Indonésia e Arábia Saudita.

A organização multilateral que reúne algumas das economias emergentes mais influentes do mundo se consolidou como um contrapeso ao grupo G7, que concentra grande parte da riqueza mundial, nos últimos anos.