ONU pede fim do conflito entre Israel e o Irã e diz que expansão pode ficar fora de controle
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas foi convocado pelo Irã com o apoio da Rússia, China e Paquistão
Nesta sexta-feira (20), o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou ao fim dos combates e ao regresso a negociações sérias no conflito ente Israel e o Irã, durante o seu discurso de abertura na reunião do Conselho de Segurança da ONU.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas foi convocado pelo Irã com o apoio da Rússia, China e Paquistão.
“A expansão deste conflito pode acender um fogo que ninguém pode controlar. A questão nuclear está no centro do conflito e o Irã tem afirmado repetidamente que não procura desenvolver armas nucleares. Mas temos de reconhecer que existe um déficit de confiança”, declarou Guterres.
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, também afirmou na reunião da ONU que os ataques israelenses representam uma traição nos esforços diplomáticos de Teerã com os Estados Unidos.
No Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, Araghchi, ainda acrescentou que o Irã e Washington estavam em conversações sobre um potencial acordo promissor sobre o programa nuclear iraniano. "Fomos atacados durante um processo diplomático em curso", acusou o chanceler iraniano, antes de se reunir com os seus homólogos de França, Reino Unido e Alemanha.
Araghchi também reiterou que o seu país está determinado em defender a integridade territorial e a soberania.
Na véspera, o governo de Teerã ameaçou fechar o estreito de Ormuz, que é uma rota estratégica do petróleo global. A ameaça surgiu após a declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, que decidirá se entrará ou não no conflito. O parlamentar iraniano Seyyed Ali Yazdi Khah avisou aos adversários que o país tem muitas opções e que as usará, se necessário, para proteger seus interesses nacionais.