França quer proibir redes sociais aos menores de 15 anos
Anúncio ocorre após ataque com faca na entrada da escola Françoise Dolto, em Nogent
O anúncio de Macron acontece após o crime cometido na terça-feira (10) por um aluno de 14 anos ter esfaqueado e matado na entrada da escola Françoise Dolto, em Nogent, perto de Dijon, uma assistente educacional de 31 anos, durante um controle verificador das mochilas dos estudantes devido ao aumento da violência entre os jovens franceses. "Todas essas plataformas têm a capacidade, por meio de reconhecimento facial ou identificadores, de verificar a idade. Portanto, precisamos proibir as redes sociais aos menores de 15 anos. Dou alguns meses para mobilizar a Europa. Caso contrário, negociarei com os europeus para que comecemos a fazer isso na França, porque não podemos esperar", afirmou.
“Enquanto zelava por nossas crianças em Nogent, uma auxiliar educacional perdeu a vida, vítima de uma onda de violência sem sentido. A Nação está de luto e o governo mobilizado para reduzir a criminalidade", acrescentou Macron.
O governo da França indicou ainda que proibiu a venda a menores de todo o tipo de armas brancas. “Temos o dever consciente de tomar novas decisões adicionais para que nossas crianças e aqueles que trabalham com elas possam estar, no mínimo, em segurança”, declarou o primeiro-ministro François Bayrou.
Já os controles aleatórios de mochilas foram implementados nos estabelecimentos de ensino da França depois de, em março, um rapaz de 17 anos ter morrido durante uma briga em frente a uma escola secundária em Essone, na região de Paris.
O adolescente foi detido, mas até o momento a sua identidade não foi revelada pela polícia.
A Comissão Europeia já reagiu à proposta de Macron para interditar as redes sociais aos menores de 15 anos.
“Não está em nossa filosofia banir plataformas, mas estamos trabalhando com os Estados-membros para impor medidas mais fortes, como o controle de idade no acesso as redes”, diz o comunicado da Comissão.