° / °

Rússia enviará delegação a Turquia para reunião com ucranianos

Rússia discutirá questões políticas e técnicas com os negociadores ucranianos na quinta-feira (15) em Istambul

Por Isabel Alvarez

Alexander NEMENOV / POOL / AFP
Vladimir Putin

O conselheiro presidencial russo para os assuntos internacionais, Yuri Ushakov, anunciou hoje que a Rússia discutirá questões políticas e técnicas com os negociadores ucranianos na quinta-feira (15) em Istambul. “As autoridades turcas e o consulado-geral russo estão atualmente organizar a reunião”, disse.

Ushakov afirmou que serão selecionados os membros da delegação russa, cuja formação não foi ainda comunicada pelo Kremlin. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, reiterou que os nomes serão conhecidos assim que as instruções correspondentes forem dadas pelo presidente Vladimir Putin. "Até a data, não foram dadas quaisquer instruções nesse sentido", disse.

Mas, a presença de Putin no encontro ainda é incerta, uma vez que até o momento não foi confirmada.

Ushakov já foi apontado pela mídia dos EUA como um dos membros da delegação que Moscou deve enviar à Turquia, juntamente com o chanceler Serguei Lavrov. No entanto, Ushakov não admitiu se fará parte dos representantes e também acrescentou que o presidente dos Estados Unidos não deve ir a Istambul para participar nas negociações. “Donald Trump está ocupado com assuntos sérios no Oriente Médio”, considerou.

O conselheiro presidencial da Rússia, além disso, lembrou que Putin propôs no domingo a Kiev o reinício das conversações em 2022. “Foram interrompidas pela parte ucraniana por instigação dos colegas e parceiros ocidentais”, acusou.

Por outro lado, o líder da Ucrânia Volodymyr Zelensky assegurou que se deslocará para a Turquia, mesmo sem saber se Putin vai comparecer ao encontro.

UE impõe mais sanções Moscou

Os embaixadores dos países da União Europeia (UE) aprovaram nesta quarta-feira (15) o 17º pacote de sanções à Rússia, que visa enfraquecer a economia russa e o financiamento da guerra.

Entretanto, esta prevista uma aprovação oficial na reunião dos ministros europeus dos das Relações Exteriores da UE na próxima terça-feira.

Este novo conjunto de medidas restritivas surge logo após o ultimato dos aliados europeus do governo de Kiev terem cobrado da Rússia um cessar-fogo incondicional de 30 dias a partir de segunda-feira (12), com a ameaça de novas sanções. Putin recusou a trégua proposta e afirmou que não aceitava pré-condições e ultimatos.