Beto Lago: 'Qual será o destino do técnico Daniel Paulista?'
Após a derrota para o Mirassol, o técnico rubro-negro deixou seu futuro em aberto no Sport
Destino de Daniel
O destino de Daniel Paulista deve ser definido hoje no Sport. Após mais uma derrota, agora para o Mirassol, o treinador deixou o futuro em aberto e admitiu que já tomou uma decisão sobre sua permanência em 2026. Foi uma fala carregada de melancolia, que soou mais como despedida do que como reflexão. E agora a bola está nos pés da diretoria: manter um técnico que já indica a saída ou iniciar imediatamente a reconstrução? Daniel chegou com a missão de resgatar o Sport dentro de campo e religar o clube à sua torcida. Falhou nas duas frentes. O time segue sem identidade, sem vitórias e sem esperança. É natural que ele questione o sentido de continuar num projeto afundado por erros de planejamento e por uma gestão que falhou demais. O ciclo parece encerrado. Daniel precisa sair com dignidade, mas o Sport deve reagir com responsabilidade. Não cabe mais esperar por milagres. É primordial a direção rubro-negra encerrar o ciclo de erros, preparar o elenco para 2026 e iniciar, de fato, um planejamento técnico e institucional. O torcedor já cansou de promessas e desculpas.
Estado terminal
A campanha do Sport em 2025 é uma das mais decepcionantes da história recente, mas seria injusto ignorar o peso da arbitragem nesse enredo. O futebol brasileiro vive um colapso de credibilidade, e o Leão tem sido uma das maiores vítimas. A expulsão de Matheusinho contra o Mirassol é simbólica: uma decisão absurda assinada pelo árbitro Jefferson Ferreira de Matos, com chancela do VAR Paulo Renato Moreira da Silva Coelho. Um lance banal virou sentença de morte. O apito, que deveria garantir justiça, virou instrumento de distorção.
Colapso moral e técnico
A arbitragem brasileira atravessa o pior momento da sua história. O problema não é só técnico, é moral. A sensação é de que cada rodada é uma roleta, em que o resultado depende menos do futebol e mais da interpretação do árbitro da vez. O Sport tem limitações dentro de campo, mas nenhum clube suporta uma sequência tão grotesca de decisões equivocadas. O que vemos é um sistema que perdeu a noção de unidade: árbitro não tem que ter critério próprio. É a arbitragem que precisa ter um critério para todos. No Brasil, cada um apita do seu jeito, e o caos virou norma. Não tem cartilha e a desordem virou regra.
Fórmulas do Estadual
O Conselho Arbitral do Estadual 2026 discutirá duas fórmulas de disputa. Na primeira, os dois melhores colocados avançam direto às semifinais, enquanto do 3º ao 6º brigam por vaga em jogo único. Aqui, com final também em partida única. Na segunda, o modelo clássico: cruzamentos (1º x 4º e 2º x 3º) em ida e volta, e decisão em dois jogos. Os clubes estão divididos, mas na minha opinião, o segundo formato preserva o equilíbrio e o mérito esportivo. Um Estadual precisa respeitar a tradição e a emoção das arquibancadas. Como já disse ao presidente Evandro Carvalho: final em dois jogos é a alma do futebol pernambucano.