Beto Lago: 'Jogo do Sport teve arbitragem confusa, limitação técnica do Leão e alívio no final'
Sport e Fluminense empataram em 2 a 2 jogando na Ilha do Retiro
Luta e agonia
Jogo do Sport neste Brasileirão traz o combo agonizante para seu torcedor. O empate em 2x2 com o Fluminense, na Ilha, foi o retrato de uma temporada de sofrimento. Teve de tudo: arbitragem desastrosa, limitações técnicas gritantes e, no fim, um empate salvador com Luan Cândido. Raphael Claus, mais uma vez, mostrou por que é o pior árbitro Fifa indicado pela CBF nos últimos anos. Confuso, apitando de longe e sem controle do jogo, deixa sempre os dois times revoltados. O lance que resultou o pênalti foi confuso e prejudicou o Sport – por sinal, por que os jogadores do time leonino são tão passivos, não discutem com os árbitros? Em campo, há uma diferença visível desde a chegada de Daniel Paulista. O time ao menos luta, corre, briga. Nada a ver com a apatia dos tempos de Pepa e António Oliveira. Mas luta sem qualidade tem limite. O Sport erra na criação, falha nas finalizações, marca mal. Alguns jogadores beiram a mediocridade. Outros, se sobressaem. Lucas Lima, teoricamente o “diferente”, carrega o peso técnico. Hyoran vem sendo uma grata surpresa, se mostrando importante nesta reta final. Empatar no fim foi justo pelo esforço, mas também um lembrete cruel: ser voluntarioso não basta na Série A. O Sport é um time guerreiro, mas limitado, e a realidade aponta para mais sofrimento.
Pedido de impeachment
O pedido de abertura do processo de impeachment do presidente Yuri Romão já está nas mãos do Conselho do Sport, que verifica se todos são sócios em dia. Depois, Yuri Romão terá o direito de resposta. Só então a Comissão de Ética do Conselho elabora o parecer sobre a convocação ou não da Assembleia Geral, para que os sócios possam decidir sobre a saída ou não do gestor. Tem reunião do Deliberativo no dia 14 deste mês.
Meu livro na Bienal
Começa amanhã a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, no Pavilhão do Centro de Convenções. Estarei lá com o meu livro “Sport, Uma Razão Para Viver”, no estande da Palavra Encantada. No sábado, às 16h, recebo amigos e leitores para um bate-papo e sessão de autógrafos. Vai ser especial dividir essa paixão por futebol, história e literatura com vocês.
Novo calendário
A CBF apresentou mudanças ousadas no calendário nacional. Na sua grande maioria, gostei do que foi colocado. Era preciso fazer algo no futebol brasileiro. Dos 882 clubes que são filiados à entidade, apenas 124 têm vagas nas divisões nacionais. Ou seja, 14%. Muito pouco. O novo formato amplia as chances para clubes médios e pequenos do País. O Central, que disputará a segunda divisão em Pernambuco, tem calendário nacional em 2026. O Maguary vai para a Copa do Brasil, ao lado de Sport, Retrô e Santa Cruz. O Náutico pode entrar, mas depende de três situações: o Sport escapar do rebaixamento (improvável), o Santa conquistar a Série D (possível) ou o Timbu levar a Série C (precisa passar pela Ponte Preta no grupo para chegar na decisão).